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Caso Lorenza: denúncia do MP contra promotor acusado de matar esposa será julgada nesta quarta

Análise da denúncia chegou a entrar na pauta da sessão do dia 11 de agosto, mas desembargadora relatora do caso adiou a decisão

25/08/2021 10h38
Por:

Por Itasat

O Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) deve analisar nesta quarta-feira (25), se aceita ou não a denúncia de feminicídio feita pelo Ministério Público contra o promotor de justiça André Luís de Pinho. A análise da denúncia chegou a entrar na pauta da sessão do dia 11 de agosto e durante o julgamento a desembargadora-relatora do caso, Márcia Milanez, adiou a decisão. 

A suspensão do julgamento foi após a defesa de André de Pinho afirmar que não tinha sido intimada para o julgamento da denúncia e apenas para análise do TJMG que iria decidir se André continuava preso ou não. No primeiro momento os desembargadores negaram o pedido da defesa de adiar o julgamento, mas após a sustentação tanto da defesa de André quanto do procurador do Ministério Público a desembargadora decidiu adiar o julgamento afirmando que a medida evitaria uma possível nulidade no processo no futuro. Na ocasião, o TJMG decidiu pela permanência da prisão do promotor e agendou para esta quarta-feira a análise da denúncia. 

O aviador Marco Aurélio é pai de Lorenza Maria de Pinho, que completaria 42 anos nesta quarta-feira. Ele afirma estar otimista que a denúncia seja aceita. “Hoje é um dia muito importante para nós, é um dia que o Tribunal de Justiça de Minas Gerais vai aceitar a denúncia feita pelo Ministério Público de feminicídio contra o promotor André de Pinho. Hoje é um dia muito duro, porque também a Lorenza estaria fazendo 42 anos. Eu não vou poder abraçá-la e quem impediu isso foi o senhor André de Pinho. Eu espero que seja aceita a denúncia e que ele continue na cadeia, que é um local que o feminicida merece estar.”

Conforme o Ministério Público, Lorenza de Pinho foi morta asfixiada no apartamento onde morava com André e os cinco filhos, no bairro Buritis, região Oeste de BH. O crime foi no dia 2 de abril deste ano. André foi preso no dia 4 e permanece detido em uma sala do Estado Maior dos bombeiros na Pampulha.