Com Itasat
Candidato ao Senado Federal pelo Paraná, o ex-ministro da Justiça e ex-magistrado Sergio Moro (União Brasil) contestou as declarações de inocência do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no âmbito da Operação Lava-Jato e cravou que o atual candidato à presidência da República “não foi e nunca será” inocente. A afirmação foi feita à CNN Brasil durante entrevista nessa quarta-feira (14).
“Na época da Lava-Jato eu era juiz e estava cumprindo meu papel. Mas, agora estou entrando na política. Tenho que refutar e combater essas tentativas de perseguição. Agora, vem o ex-presidente (Lula) mentir em rede nacional e falar que foi inocentado. Não foi e nunca será”, garantiu Moro.
Em relação às anulações dos processos do candidato petista, e que garantiram que Lula se tornasse apto à corrida eleitoral, Moro considera que tratou-se de “grande erro judiciário”. “Houve a anulação em um julgamento no STF, que eu reputo como um grande erro judiciário deles. Mas, ainda assim, o Supremo jamais disse que o presidente era inocente”, disse.
Eleições 2022
Sabatinado pelo apresentador William Waack no programa “WW Especial: Presidenciáveis” da última segunda-feira (12), o ex-presidente Lula tornou a reforçar o discurso de que as investigações no âmbito da Operação Lava-Jato foram transformadas em uma questão política pelo ex-juiz federal com o intuito de retirá-lo da disputa para o Executivo em 2018. O petista criticou a condução do processo por Moro e xingou o ex-ministro de “pilantra”.
"O processo de investigação poderia ter sido mais sério se o juiz não fosse um pilantra e não transformasse a Lava-Jato em uma questão política para impedir que eu fosse candidato e tentar me condenar. Eu tive 26 processos e fui absolvido em todos”, disse Lula.