Integrantes da CPI da Pandemia se reúnem para definir dinâmica de trabalho durante recesso parlamentar

Por Itasat

A cúpula da CPI da Pandemia do Senado se reuniu de forma remota para discutir a dinâmica de trabalho durante o recesso parlamentar que vai até o dia 1º de agosto. O encontro serviu para dividir as apurações entre os membros do chamado G6, que conta com senadores de oposição ou que se declararam neutros. Os parlamentares passarão a ter o assessoramento de um grupo de juristas. Até o fim do mês deve haver uma reunião entre os senadores e o grupo. 

A CPI da Pandemia vai retomar as atividades presenciais no dia 3 de agosto com o depoimento do reverendo Amilton Gomes de Paula que é suspeito de ter atuado como intermediário entre a Davati e o governo brasileiro na negociação de 400 milhões de doses da vacina da AstraZeneca. 

Os parlamentares não descartam a possibilidade de uma nova convocação do ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello para que ele explique na CPI a reunião realizada em 11 de março com representantes da empresa Wordbrain, intermediária do laboratório chinês Sinovac, que ofereceu 30 milhões de doses da CoronaVac ao governo brasileiro pelo triplo do valor que havia sido ofertado pelo Instituto Butantan. O jornal Folha de São Paulo divulgou um vídeo em que Pazuello diz ter assinado um memorando de entendimento para a compra. A negociação não foi concluída. 

Em nota, Pazuello afirmou que não negociou a compra de vacinas com empresários enquanto esteve à frente do Ministério da Saúde. O ex-ministro confirmou o encontro com os representantes da empresa, mas disse que após a reunião percebeu que a proposta não era confiável e determinou que não fosse elaborado o memorando de entendimento e que o vídeo não fosse divulgado. 

O general Eduardo Pazuello atualmente ocupa o cargo de Secretário de Estudos Estratégicos da Secretaria Especial de Assuntos Estratégicos da Presidência da República.