Homem é condenado a 41 anos de prisão por matar fisiculturista e o filho dela em BH
Paulo Henrique da Rocha permaneceu em silêncio diante do juiz, mas confessou ter matado mãe e filho a tiros, quando eles saíam de uma academia de ginástica no bairro Ipiranga
Por Itasat
O Tribunal do Júri de Belo Horizonte condenou a 41 anos e quatro meses de prisão, o homem que matou uma fisiculturista e o filho dela, a tiros, em Belo Horizonte. O crime aconteceu em 2019 e foi julgado nesta quarta-feira (23).
Paulo Henrique da Rocha foi condenado por homicídio triplamente qualificado pela morte de Tereza Cristina Peres, que tinha 44 anos, e de Gabriel Peres, de 25 anos. Pelo feminicídio, ele pegou 25 anos e quatro meses de prisão e, pelo assassinato do filho da mulher, mais 16 anos. Preso desde 2019, o criminoso continuará cumprindo a pena em regime fechado. Como a condenação se deu em primeira instância, Paulo Henrique poderá recorrer da sentença, mas preso de forma preventiva.
Durante o julgamento, Paulo Henrique da Rocha permaneceu em silêncio, mas admitiu ao juiz que matou as duas pessoas. A defesa dele pediu, durante a audiência, que os jurados considerassem a semi imputabilidade do réu, ou seja, que ele não teria completo entendimento sobre o cometimento do crime. No entanto, o Conselho de Sentença acatou integralmente a denúncia apresentada pelo Ministério Público.
Relembre o crime
Tereza Cristina e o filho, Gabriel, foram assassinados a tiros por volta das 21h50 em frente a uma academia no bairro Ipiranga. Uma câmera de monitoramento flagrou o momento em que uma pessoa abordou os dois, por trás, e efetuou os disparos, quando mãe e filho iriam entrar dentro do carro.
Paulo Henrique da Rocha foi preso em 31 de julho de 2019.
De acordo com o Ministério Público de Minas Gerais, ele é acusado de feminicídio com agravante de crime cometido por motivo torpe e sem chance de defesa para as vítimas.
Ainda segundo a denúncia, Paulo e Tereza Cristina tinham um relacionamento marcado pela violência doméstica, até o momento em que a fisiculturista decidiu terminar. O acusado, no entanto, não teria aceitado o fim do relacionamento e sentia ciúmes da mulher e do filho dela que, inclusive, tinham medidas protetivas contra ele.
