Por Itasat
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse que, pelas informações que circularam essa semana, Carlos Alberto Decotelli perdeu as condições para ser ministro da Educação. "Eu estive com ele uma vez quando ele era presidente do FNDE, tive uma boa impressão, infelizmente acredito que ele tenha perdido as condições, pelas informações que tenho, vamos esperar que o novo ministro venha em uma linha de defesa da educação, diferente do ex-ministro (Abraham Weintraub) que saiu anteriormente", disse.
Decotelli cancelou uma reunião agendada para esta tarde com Maia. A desistência do encontro foi avisada menos de duas horas antes da reunião e o motivo não foi informado.
Para Maia, a troca de ministro não atrapalha e nem acelera a votação da prorrogação do fundo da educação básica (Fundeb) pela Câmara. "Estamos no nosso ritmo", disse. Ele e a relatora da proposta, deputada Dorinha Seabra (DEM-TO) têm se reunido com as equipes de economia e educação do governo para tentar finalizar um texto que possa ser aprovado. "Vamos encaminhar a votação nas duas próximas semanas no máximo, já está atrasado ao que eu tinha combinado", disse.
Para ele, é importante que essa proposta seja promulgada pelo presidente Jair Bolsonaro até o mês de agosto.
Auxílio emergencial
Maia reforçou reiteradamente que a prorrogação do auxílio emergencial, anunciada em cerimônia pelo Palácio do Planalto na tarde de ontem, corresponde a duas prestações de R$ 600 e rechaçou fracionamento desse valor.
"São duas parcelas de R$ 600. É isso que está assinado certamente no decreto e é isso que a lei autoriza", disse. "Quando você fala em fracionamento, pode gerar alguma certa insegurança para as pessoas e também, em alguns casos, uma aglomeração desnecessária de pessoas nas filas bancárias", afirmou. O deputado participou da cerimônia no Palácio do Planalto de anúncio da prorrogação do auxílio. "Quando o governo vai ao encontro ao que temos defendido, também temos de estar junto", disse.
Maia afirmou ainda que, durante esses dois meses de prorrogação, será necessário um debate sobre a criação de um programa de renda mínima. "Se há uma vontade do governo de consolidar programas sociais, o governo deve sentar à mesa com o parlamento e começar a discutir esse tema durante esses próximos 60 dias, senão daqui dois meses vai ter um outro debate sobre prorrogação", disse. Para ele, esse programa terá de ser baseado no cadastro único. "Tenho certeza de que esse é o caminho", disse.