Por Itasat
O Diário Oficial da União (DOU) publica nesta quarta-feira (1º), decreto tornando sem efeito o decreto de 25 de junho de 2020, publicado no mesmo dia, em edição no Diário Oficial da União, nomeando Carlos Alberto Decotelli da Silva para o cargo de ministro da Educação.
Decotelli foi nomeado pelo presidente Jair Bolsonaro, mas não chegou a tomar posse. Nessa terça-feira (30), ele disse que o que motivou a demissão do cargo foi a nota publicada pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) na qual a instituição de ensino nega que ele tenha sido professor efetivo da instituição.
"Essa informação divulgada pela FGV fez com que o presidente me chamasse e dissesse que 'se até a FGV, onde o senhor trabalha há 40 anos, está negando que você trabalha na FGV, aí é impossível o governo ficar sendo questionado'. O que tornou inviável foi a carta formal da FGV de que eu nunca fui da FGV" disse Decotelli à CNN.
A nota da FGV divulgada nesta terça afirma que Decotelli "atuou apenas nos cursos de educação continuada, nos programas de formação de executivos e não como professor de qualquer das escolas da Fundação; da mesma forma, não foi pesquisador da FGV, tampouco teve pesquisa financiada pela instituição."
A afirmação da FGV veio na sequência de diversas suspeitas envolvendo o currículo acadêmico de Decotelli, inclusive a dissertação de mestrado concluído na FGV, sobre o qual há denúncias de plágio. O ex-ministro também foi refutado pelas universidades Nacional de Rosário (Argentina) e de Wuppertal (Alemanha), onde dizia ter se tornado, respectivamente, doutor e pós doutor.
Sob pressão, Decotelli entregou nesta terça-feira a carta de demissão ao Planalto, cinco dias depois de ter sido nomeado para chefiar o MEC e antes de tomar posse oficialmente como ministro.