Por Itasat
Somente a reforma da Previdência e a operação do nióbio serão suficientes para colocar o pagamento dos servidores de Minas Gerais em dia. Em entrevista nesta sexta-feira, o governador Romeu Zema (Novo) voltou a reafirmar a urgência de se aprovar a reforma, mas ressaltou que ela sozinha não terá impacto imediato na folha de pagamento. Os ‘frutos’, segundo ele, serão colhidos em médio e longo prazo. Porém, alertou que há risco de o salário atrasar até 5 meses, caso as mudanças previdenciárias não sejam feitas.
“A cada mês que passa um estado como Minas, que está quebrado, deixa de economizar mais de R$ 100 milhões. Se o governo federal mudar ou não a data, continua sendo urgente a questão dela (reforma) ser analisada aqui na Assembleia. Não mudaria em nada. Se alguém tem de tratar uma doença, quanto mais tempo posterga pior fica a situação. Isso tem sido a realidade de Minas Gerais. Falo sempre: há cinco anos ou mais, o funcionalismo público do Executivo tem recebido salário atrasado. Há cinco anos ele recebe o 13º parcelado. Só consegui pagar o 13º do ano passado há 45 dias. Esse incêndio começou há mais de 5 anos”, disse.
Se a reforma não for aprovada, Zema diz que “vamos repetir aqui o que já aconteceu em outros estados. Daqui a pouco o funcionalismo vai estar recebendo com 3, 4, 5 meses de atraso. É isso que nós queremos para o futuro de Minas?”
Sobre a operação do nióbio, apontada pelo governo como salvação imediata para resolver o atraso da folha, Zema diz que Minas trabalha arduamente para ela saia. “Estamos conversando muito com o BNDS e com o mercado financeiro, que ainda está parado, sobre a operação do nióbio. Assim que a operação sair, temos condição de acabar com o parcelamento”, disse Zema, destacando não existir prazo.
“É muito difícil falar em data neste momento, mas nós estamos trabalhando. Está tudo encaminhado, mas os fatores são externos e nós não temos controle sobre eles”.