Cruzeiro: diretor do Mineirão acredita que acordo para pagamento de dívida está próximo

Por Itasat

O diretor comercial do Mineirão, Samuel Lloyd, afirmou neste sábado acreditar que um aperto de mãos entre o estádio e o Cruzeiro está próximo, para que o clube celeste pague a dívida junto à administração do Gigante da Pampulha.

Segundo ele, o presidente da Raposa, Sérgio Santos Rodrigues, procurou o Mineirão logo após tomar posse, em junho. "Entendo que ele quer tratar com muita celeridade e dar uma solução para essa questão. Acredito que estamos muito próximos de um acordo", disse Lloyd.

Em entrevista, no início de junho, o mandatário celeste já havia declarado que a relação entre as duas partes estava boa — diferente do que foi com a diretoria anterior, de Wagner Pires de Sá.

"Eu nunca neguei que o nosso objetivo é jogar no Mineirão, é ter uma grande parceria. A gente sempre fala que vai pintar ele de azul, ele vai ficar para a gente. Eu sempre vi boa vontade do lado deles nesse momento. Temos conversado bastante para resolver", declarou Rodrigues à época.

O Cruzeiro deve ao Mineirão cerca de R$ 46 milhões (somando-se os custos operacionais não pagos desde 2013, a multa por quebra do contrato e os juros). Desde a época do Conselho Gestor, o clube celeste negocia a dívida e o novo contrato de fidelidade.

O estádio fez uma proposta no início deste ano perdoando a multa e os juros. Assim, o valor caiu para R$ 19,3 milhões, de acordo com o conselheiro do Cruzeiro Emílio Brandi, em março.

Ainda pela proposta ao Núcleo Dirigente Transitório (que comandava o clube à época), como o Cruzeiro possui R$ 10 milhões bloqueados e depositados em juízo, a quantia abateria parte da dívida. O clube celeste teria uma carência de dois anos para começar a pagar os outros R$ 9,3 milhões, que ainda seriam divididos em dez parcelas.

Esta parte do acordo foi aceita pelo conselho gestor, que discordava de alguns pontos para o clube jogar no Mineirão, como o tempo de 10 anos de fidelidade e a obrigação de arcar com 100% dos custos operacionais. No vínculo anterior, a Raposa pagava 70%. Agora, as negociações foram retomadas com Sérgio Rodrigues.