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Alexandre Mattos diz que Atlético tem cotas de TV antecipadas até 2023

Diretor de futebol do Galo também afirmou que o empresário Rubens Menin vem ajudando o clube a pagar salários e direito de imagem dos jogadores

25/07/2020 08h55
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Por Itasat

O diretor de futebol do Atlético, Alexandre Mattos, afirmou que o clube tem cotas de TV antecipadas até o ano de 2023. O adiantamento, segundo o dirigente, é uma das principais fontes de receita que permitem ao clube não sacrificar totalmente o projeto esportivo.

Desta forma, a diretoria se vê em uma situação difícil porque, sem a receita da TV, a solução para colocar o caixa do clube em dia é a venda de jogadores. Mas, de acordo com Mattos, o Galo não quer prejudicar o projeto esportivo de um time forte.

"O Atlético obtém sua receita de maneira bem clara, a partir da televisão, vendas de atletas, do programa de sócio-torcedor, e da bilheteria, que infelizmente não terá, devido à pandemia. O sócio-torcedor, porque a torcida é diferente de qualquer outra, até aumentou um pouco, isso nos ajuda. Algumas ações, como a campanha Manto da Massa, acontecem. A televisão, infelizmente, para vocês terem ideia, o Atlético tem contrato até 2024 com a Rede Globo. Até 2023 já têm antecipações feitas. Ou seja, não tem receita. O que pode acontecer é a venda de atletas. Mas se você vender atleta, você quebra o projeto esportivo", explicou o diretor atleticano em entrevista à TV Band.

Mas isso não quer dizer que todos os valores que o Atlético tem direito pela transmissão do Campeonato Brasileiro estão comprometidos até 2023. Pela declaração de Mattos, o clube não terá acesso, pelos próximos três anos, à parte da verba que poderia ser antecipada.

Salários de jogadores pagos por Rubens Menin

Mattos também apresentou uma novidade em relação à manutenção financeira do atual elenco. Em declarações anteriores, dirigentes do Atlético afirmavam  que os recentes investimentos do empresário Rubens Menin eram direcionados apenas para valores gastos em contratações e para o pagamento de parte do salário do técnico Jorge Sampaoli e de sua comissão técnica. Mas o diretor disse que o fundador da MRV vem colaborando para pagar os salários de funcionários e dos jogadores.

"Se a gente quebra o projeto esportivo, temos que contratar. Então, entramos num ciclo vicioso. E aí apareceu a figura ímpar do Rubens Menin, do Rafel Menin, principalmente, do Ricardo [Guimarães, do banco BMG], que já ajuda há muitos anos. Mas esses dois [Rubens e Rafael Menin] estão não só colocando dinheiro pra investir como também nos auxiliando nos pagamentos de salário, [de direitos] de imagem, e a gente está praticamente colocando a casa em ordem", afirmou.