Por Itasat
Condenado no fim de julho pela Justiça do Trabalho no processo envolvendo o atacante Maicon Bolt, o Atlético teve o conhecimento, nesta segunda-feira, da quantia estipulada no processo pela rescisão antecipada do contrato: R$ 14.203.514,76. O valor foi calculado por um contabilista nomeado pelo juiz da causa e anexado à ação.
O processo está em segredo de justiça, mas, segundo a defesa do jogador, o juiz acatou vários pedidos de Bolt que pediu, inicialmente, R$ 20 milhões por salários e direitos de imagem entre novembro de 2019 e janeiro de 2020, FGTS, 13º proporcional, luvas, premiações, multas, indenizações, além do recebimento de valores que teria direito até o fim do contrato que, no entendimento dele, iria até dezembro de 2021. O valor da causa foi divulgado pelo GloboEsporte.com e confirmado pela Itatiaia.
Na visão do Atlético, que avisou que irá recorrer, o vínculo de Maicon Bolt iria até dezembro de 2020 e só seria renovado automaticamente por mais um ano se o atacante entrasse em campo em 60% dos jogos disputados pelo clube desde que foi contratado, em janeiro de 2019. Foram 28 partidas com a camisa alvinegra e dois gols marcados.
Em entrevista no dia 26 de maio deste ano, o vice-presidente do Galo, Lásaro Cândido da Cunha, afirmou que mesmo que Bolt jogasse todas as partidas em 2020, ele não atingiria a meta, o que já dá margem para rescindir o vínculo.
O contrato foi rompido em fevereiro deste ano. Maicon Bolt recebia em euros e, por isso, o salário era um dos mais altos do elenco atleticano.
O Atlético considera que, embora tenha reduzido em aproximadamente 50% o pedido inicial do jogador, ainda assim entende que houve muitos equívocos do juiz na sentença proferida no fim de julho. O clube informou ainda que confia no sucesso do recurso a ser interposto, mas entende que a Câmara Nacional de Resolução de Disputas (CNRD) seria o órgão competente para discutir o assunto e não a Justiça do Trabalho.