Por Itasat
O técnico Enderson Moreira viu a pressão aumentar após a derrota do Cruzeiro por 1 a 0 para o Brasil de Pelotas, nessa quarta-feira (2), no estádio Bento Freitas, que deixou o time mais próximo da zona de rebaixamento da Série B do Campeonato Brasileiro. Em entrevista depois do revés no Sul, o treinador falou sobre as críticas feitas a ele pelo empresário Pedro Lourenço, principal patrocinador do clube, no último sábado (29).
“Eu tenho uma relação com a direção do Cruzeiro, são pessoas que eu tenho contato, onde eu presto as minhas contas e onde eu falo aquilo que penso. Estamos sempre conversando. O que outras pessoas pensam e falam são coisas que eu não posso controlar, não posso concordar ou discordar. É opinião de cada um. Acima de tudo, vivemos em um país democrático e temos que respeitar apenas”, limitou-se a dizer.
Enderson foi chamado de “fraco” por Pedro Lourenço, em entrevista, logo após a derrota por 2 a 1 para o América, no último sábado (29), no Mineirão, pela sexta rodada da Série B. O empresário, que também é conselheiro da Raposa, avisou que cobraria da diretoria do Cruzeiro para demitir o treinador naquele mesmo dia. Em comunicado aos membros do Conselho Deliberativo, no dia seguinte, o presidente Sérgio Santos Rodrigues descartou a possibilidade de mandar o treinador embora ressaltando que trocar o comandante com seis rodadas “não é a solução”.
Com a derrota para o Brasil de Pelotas, o Cruzeiro amargou o quarto jogo sem vencer na Série B e caiu para a 16ª posição, com quatro pontos. Após sete rodadas, o time se vê no limite para entrar na zona de rebaixamento.
Para Enderson, a punição com a perda de seis pontos está provocando reflexos nas análises do seu trabalho à frente da equipe. “Pega a tabela do campeonato, tira seis pontos de todo mundo e vê a posição em que o clube estaria. É a nossa realidade. Eu, como a nossa direção, não fomos culpados disso. Infelizmente, pegamos uma herança difícil. Cria uma expectativa e uma pressão muito maior do que seria realmente”, frisou.
“Houve uma evolução no time. Só não houve evolução de resultado”
Em todas as respostas, Enderson frisou que enxergou evolução no Cruzeiro. Na visão do treinador, o primeiro tempo contra o Brasil de Pelotas foi o melhor que o time fez sob o seu comando até agora. A Raposa criou algumas chances para fazer o gol – uma com Airton, duas com Arthur Caíke e uma com Marcelo Moreno –, mas não converteu nenhuma.
Contudo, o que não houve, na opinião de Enderson, foi evolução no resultado, já que o Cruzeiro amargou o quinto jogo sem vitória na temporada, sendo o quarto na Série B.
“Tivemos uma evolução. O segundo tempo contra o América, hoje o jogo no geral. Hoje, o primeiro tempo foi de uma equipe só. Buscamos o resultado, buscamos o gol, não demos a mínima chance de o adversário chegar na nossa baliza, mesmo jogando fora de casa. Houve uma evolução. O que não houve foi uma evolução de resultado”, finalizou.