Por Itasat
A Prodemge, empresa de tecnologia do Estado de Minas Gerais, acabou na mira da Polícia Federal depois que investigações da “Operação Gaveteiro”, que apura fraudes no Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), terem encontrado um contrato supostamente irregular também na estrutura do governo de Minas.
A empresa B2T, suspeita de firmar contratos fraudulentos com o governo federal, foi a vencedora de uma licitação na Prodemge e, segundo fontes do Jornal Correio Braziliense, que foi o primeiro a publicar a notícia, o que chamou a atenção dos investigadores é que antes mesmo do processo de escolha da prestadora de serviços ser finalizado as conversas trocadas entre gestores já falavam o nome da empresa que seria a vencedora.
A reportagem procurou o governo de Minas, que respondeu que o contrato foi realizado em 2015, no início do governo de Fernando Pimentel, e encerrado em setembro do ano passado, já na gestão de Romeu Zema.
A Prodemge informou que, em 2015, após a realização de um pregão eletrônico, foi firmado o contrato com a empresa B2T para a execução de serviços de software. O valor final do pregão foi de R$ 105.600, sendo que o preço de referência de mercado autorizado pela diretoria da Prodemge, à época segundo o governo foi de R$ 217.655,64.
A Prodemge informou ainda que não foi comunicada oficialmente sobre qualquer investigação relacionada a empresa e que se coloca à disposição para esclarecimentos. O DNIT respondeu à Itatiaia que, em 2019, a partir do relatório inicial do Tribunal de Contas da União, fez os encaminhamentos necessários aos órgãos de controle e contribuiu diretamente para a operação realizada nesta quinta-feira. O DNIT informou ainda que suspendeu o contrato, se colocou à disposição das autoridades e está fazendo ainda uma apuração interna.