Por Itasat
O presidente do Cruzeiro, Sérgio Santos Rodrigues, espera para os próximos dias a volta do clube ao Programa de Modernização da Gestão e de Responsabilidade Fiscal do Futebol Brasileiro (Profut) ou uma negociação com a Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN) para equacionar as dívidas com a União. A informação foi dada por ele na live que faz às quintas-feiras no canal da Raposa no Youtube.
Criado em 2015 pelo governo federal, o Profut permite aos clubes o parcelamento de débitos fiscais. A do Cruzeiro está na casa dos R$ 330 milhões.
“Continuamos brigando pela volta. Existem os recursos administrativos a serem julgados e existem as conversas mantidas com a PGFN (Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional) para buscar uma solução para esse caso. A gente acredita que, talvez nos próximos 15, 20 dias, em algum desses âmbitos a gente já tenha uma solução”, afirmou.
Em fevereiro, o clube celeste foi notificado sobre a inadimplência no pagamento das parcelas do Profut, o que ocorreu na gestão de Wagner Pires de Sá. A Raposa foi excluída do programa em primeira instância, mas pode inverter a situação.
A saída do Cruzeiro do Profut atrapalhou o Cruzeiro a fechar um acordo com o Mineirão, com quem está endividado. Isso porque, ao pagar R$ 9,8 milhões ao Gigante da Pampulha, o clube teve o dinheiro bloqueado pela Justiça, que enviou a quantia para quitar um débito celeste com a União.
O mandatário vê um futuro de parceria com o estádio. “A relação [com o Mineirão] é excelente. Protocolizamos um acordo, que não foi homologado pela questão tributária. Uma coisa vai desatar a outra assim que for resolvida. Vamos traçar um plano de cogestão, principalmente para os dias de jogo. Vamos conseguir transformar aquele sonho nosso de esporte/entretenimento. Não tenha dúvida de que Cruzeiro e Mineirão vão caminhar juntos”, declarou.
Zorya
Em relação ao caso Zorya, o presidente afirmou que aguarda a análise da Fifa após o Cruzeiro enviar à entidade os e-mails trocados com o clube ucraniano. A documentação foi entregue para provar que houve um acordo para o pagamento da dívida referente à compra do atacante Willian.
“Juntamos ao processo a perícia comprovando que os e-mails enviados pelo Zorya são os que estavam cadastrados na Fifa e que o Cruzeiro está sendo prejudicado por uma briga interna do Zorya. Temos que esperar o julgamento da Fifa, que está funcionando mais devagar, sem expediente físico, mas nosso contato lá é diário para que a solução saia logo”, explicou.