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Manifestação oficial

Maduro deseja rápida recuperação a Trump e espera que covid-19 o torne 'mais humano'

Presidente dos Estados Unidos não reconhece a legitimidade do governo de Maduro, a quem considera um ditador

05/10/2020 11h14
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Por Itasat

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, disse em um discurso televisionado no país nesse domingo (4), que deseja uma rápida recuperação ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, internado com covid-19. Maduro disse ainda que espera que a doença faça Trump ser "mais humano".

"Expressamos nossa solidariedade humana com Trump e queremos que ele recupere sua saúde e vida. Esperançosamente, tudo isso o levará a ser mais reflexivo, mais humano (...) para compreender os povos do mundo", disse o presidente venezuelano.

Trump está internado desde sexta-feira (2), no hospital militar Walter Reed, em Bethesda, no Estado de Maryland. Mais cedo no domingo, ele saiu do centro médico por alguns minutos em um comboio para acenar a apoiadores que estavam do lado de fora. As últimas informações por parte de sua equipe médica são de que o presidente americano teve uma queda nos níveis de oxigênio, mas segue com sintomas leves e pode ter alta já na segunda-feira.

No mesmo discurso, Maduro disse ainda que seu filho, Nicolás Ernesto Maduro Guerra, irá participar dos testes da vacina russa Sputnik V que serão realizados na Venezuela. O governo venezuelano anunciou que um primeiro lote da Sputnik V chegou ao país na sexta-feira (2) e está previsto que 2 mil pessoas participem dos ensaios.

Relações diplomáticas

O presidente dos Estados Unidos não reconhece a legitimidade do governo de Maduro, a quem considera um ditador, e já afirmou que seu governo está aberto a várias opções para acabar com a chamada Revolução Bolivariana, no poder desde 1999. Trump reconhece como presidente interino da Venezuela o opositor Juan Guaidó, a quem recebeu na Casa Branca em fevereiro deste ano.

Já Maduro responsabilizou Trump pela crise econômica que atravessa a Venezuela, que segundo ele seria gerada pelas inúmeras sanções impostas ao seu governo pelo Executivo norte-americano.