Por Itasat
A crise sem fim pela qual o Cruzeiro atravessa desde o ano passado vem refletindo também no comando técnico. Pela terceira vez na temporada, o clube está no mercado em busca de um treinador, que será o sexto profissional no cargo nos últimos 14 meses.
Desde a saída de Mano Menezes, em agosto de 2019, o Cruzeiro teve cinco técnicos diferentes: Rogério Ceni, Abel Braga, Adilson Batista, Enderson Moreira e Ney Franco, que foi demitido no último domingo (11), após empate sem gols com o Oeste, lanterna da Série B.
Ao ir em busca de um substituto de Ney Franco, o Cruzeiro chegará à mesma quantidade de técnicos que o clube teve nos seis anos e meio anteriores à saída de Mano Menezes.
Entre janeiro de 2013 e agosto de 2019, trabalharam na Raposa exatamente seis treinadores: Marcelo Oliveira (janeiro de 2013 a junho de 2015), Vanderlei Luxemburgo (junho a agosto de 2015), Mano Menezes (agosto a dezembro de 2015), Deivid (janeiro a abril de 2016), Paulo Bento (maio a julho de 2016) e Mano Menezes (julho de 2016 a agosto de 2019).
Até o momento, a diretoria celeste já recebeu três “não” de treinadores. O primeiro foi Lisca, do América, que era o “plano A” do clube. Em seguida, tentou, sem sucesso, Luiz Felipe Scolari, que está desempregado. Na última terça-feira (13), chegou a um acerto verbal com Umberto Louzer, da Chapecoense, mas o técnico recuou nesta quarta e decidiu permanecer na equipe catarinense.
As seguidas trocas de técnico até agora não se mostraram eficazes no Cruzeiro. Desde a saída de Mano, o time não se encontrou mais em campo, caiu para a Série B do Brasileirão, não se classificou para as semifinais do Campeonato Mineiro e agora ocupa a penúltima posição na Segundona, correndo risco de ser rebaixado para a Série C.
O próximo treinador encontrará um futuro complicado, já que o Cruzeiro ainda não pode registrar novos jogadores, até que renegocie ou pague completamente a dívida de 1 milhão de euros (cerca de R$ 6,5 milhões) com o Zorya, da Ucrânia; tem pouco dinheiro para contratar reforços e convive com a pressão da torcida por bons resultados na Série B.