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Galo: diretor da Arena MRV diz quando o estádio deve começar a ser erguido

Bruno Muzzi cita que um dos desafios será o “controle de custos” para a obra não ficar mais cara

06/11/2020 09h27
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Por Itasat

As obras da Arena MRV completaram 200 dias nessa quinta-feira (5), mas o torcedor do Atlético só consegue ver ainda a terraplenagem no terreno localizado no bairro Califórnia, região Oeste de Belo Horizonte. Contudo, o início da edificação do estádio, ou seja, o levantamento da chamada superestrutura que dará “cara” à casa do Galo, deve começar até fevereiro do próximo ano.

A informação é do diretor-executivo da Arena MRV, Bruno Muzzi, em entrevista à Itatiaia. “Espero que já no início do ano, janeiro ou fevereiro, a gente já comece a subir alguma parte da superestrutura da obra, começar a montar alguns pilares para dar a conformação da arena, a estrutura mista e metálica e o concreto armado”, disse.

De acordo com a construtora que realiza as obras da Arena MRV, 82% da terraplenagem está concluída. A etapa começou em abril, logo após a limpeza do terreno, e está dentro do cronograma dos trabalhos.

Também está perto de terminar a contenção do terreno e a montagem da estrutura responsável por canalizar o córrego Tejuco, que passa pelo local, e por captar águas pluviais. Logo em seguida, será feita a montagem de parte da superestrutura citada por Muzzi.

Um dos desafios é conter o aumento do custo da obra

Bruno Muzzi também falou sobre os próximos desafios que serão enfrentados na construção da Arena MRV. Um deles será a economia para conter os custos da obra, já que os materiais de construção aumentaram bastante durante a pandemia do novo coronavírus.

O diretor ressaltou ainda os gastos com as pessoas que trabalham no local. Atualmente, são cerca de 300, mas a expectativa é de que, no pico da obra, estejam trabalhando em torno de 700 operários.

“Os próximos desafios serão vários. Teremos um controle de custos muito forte porque a pressão inflacionária está grande, os preços de materiais e a mão-de-obra vêm subindo muito. Nós temos também as obras de contrapartida, o sistema viário que precisa ser feito e entregue. Tem muito desafio pela frente ainda, mas a gente vem sendo muito positivo para vencer cada um deles”, frisou.

Estas obras de contrapartida citadas por Muzzi são exigências da Prefeitura de Belo Horizonte para a liberação da Licença de Operação, a última etapa do processo burocrático para a inauguração da Arena MRV. 

Dentre as contrapartidas estão a realização de obras na malha viária local para melhorar o fluxo de veículos, como a implantação de uma quarta faixa na Via Expressa, sentido Contagem, e melhorias do acesso do Anel Rodoviário à Via Expressa, além da criação de uma passarela que liga a Estação Eldorado do metrô à Esplanada da Arena MRV.

Há ainda as construções de uma creche e de uma Unidade Básica de Saúde na Esplanada do terreno onde o estádio será erguido, além da criação de um programa de proteção da ave capacetinho-do-oco-do-pau, que corre risco de extinção.

Principal incentivador da Arena MRV, o empresário Rubens Menin explicou recentemente que a conta ficou mais cara em R$ 140 milhões. Segundo o empresário, desse total, R$ 40 milhões foram relativos ao atraso para começar as obras, desde a aprovação do Conselho Deliberativo do Atlético, em setembro de 2017. Já os outros R$ 100 milhões são por contrapartidas (50 no total e outras cinco medidas compensatórias) exigidas pela Prefeitura de Belo Horizonte para liberar a licença de instalação (alvará necessário para o início da terraplanagem, que começou no dia 20 de abril deste ano).

Com previsão de ser inaugurada no segundo semestre de 2022, a Arena MRV terá capacidade para 46 mil torcedores e ainda contará com 40 bares e 2.400 vagas de estacionamento.