Por Itasat
O presidente do Atlético, Sérgio Sette Câmara, comemorou a extinção da ação do atacante Maicon Bolt na Justiça do Trabalho. Por meio de um vídeo divulgado na TV Galo, o dirigente enalteceu o trabalho do departamento jurídico do Alvinegro.
"Tivemos hoje uma decisão muito importante, proferida pelo Tribunal Regional do Trabalho. Temos que dar os parabéns ao meu querido vice-presidente, Lásaro Cândido, como sempre, a frente de tudo, aos advogados contratados pelo clube. Acredito que essa é mais uma demonstração da capacidade e competência do nosso departamento jurídico. Tudso aqui no Atlético é feito com muito carinho, com muita atenção e competência, disse.
Na sequência, Sette Câmara tratou a reversão do Galo na Justiça como um caso "emblemático". O presidente do Galo também disse confiar na manutenção da condenação a Maicon Bolt, que ainda é passível de recurso.
"Esse caso é emblemático e é mais um que nós conseguimos reverter a favor do Atlético. Ainda não acabou. Ainda existem recursos para o Tribunal Superior do Trabalho [TST], em Brasília. Mas nós continuamos confiantes que essa decisão será mantida. E o jogador, como já ficou fixado na decisão de hoje, será condenado a pagar um percentual de 15% do que ele havia pleiteado", completou o presidente do Galo.
Entenda o litígio entre Atlético e Bolt
No fim de agosto deste ano, Bolt teve uma vitória na Justiça do Trabalho, que condenou o Atlético a pagar R$ 14,2 milhões ao jogador. Em outubro, a Justiça determinou que o clube alvinegro pagasse o valor em até 48 horas sob o risco de penhora de receitas de TV e de patrocínio. Na mesma semana, o Galo obteve uma liminar que suspendeu a obrigatoriedade do pagamento.
O valor da condenação ficou abaixo do que Bolt pedia inicialmente. O atacante entrou com a ação trabalhista exigindo R$ 21 milhões por salários e direitos de imagem relativos a novembro de 2019, dezembro de 2019 e janeiro de 2020, FGTS, 13º proporcional, luvas, premiações, multas, indenizações, além do recebimento de valores que teria direito até o fim do contrato que, no entendimento dele, iria até dezembro de 2021.
Desde então, o Galo pleiteava o processo trabalhista fosse extinto, uma vez que foi firmado no contrato entre o clube e Bolt a eleição da Câmara Nacional de Resoluções de Disputas, a CNRD, como órgão para a resolução de litígios. Já para Filipe Rino, advogado de Bolt, o impasse jurídico entre Galo e o jogador deveria ser resolvido na Justiça do Trabalho, justamente a alternativa extinta na tarde desta terça-feira, que acresceu o pagamento de 15% de honorários pelo jogador ao clube.