RR MÍDIA 3
Coperlidere
Série B

Prometer acesso à Série A e salário em dia é complicado, diz presidente do Cruzeiro

Sérgio Santos Rodrigues concedeu entrevista ao portal Uol e reconheceu momento complicado do time na B

30/11/2020 09h43
Por:

Por Itasat

O presidente do Cruzeiro disse, em entrevista ao portal Uol, que prometer acesso à Série A e pagamento em dia é complicado. Na 16ª colocação da Série B, com 28 pontos, o time celeste tem 14 rodadas para se recuperar e voltar à elite do futebol nacional. No entanto, os planos esbarram na irregularidade da equipe, que não consegue confirmar a reação. 

A derrota para o Confiança, por 2 a 1, no Mineirão, na última sexta-feira (27), reduziu as chances de acesso do Cruzeiro à Série A para 0,92%, conforme projeção do site de probabilidades da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). 

"Prometer fim é complicado, a gente pode prometer o meio. Prometer acesso é muito complicado", disse o presidente, que, no começo da temporada, dava o acesso como certo. 

"Eu tinha muita convicção de que ia acontecer [acesso], e convicção eu ainda tenho. Mas hoje é o jogo a jogo. Quando todo mundo fala que tem que ganhar dez, tem que ganhar 12, eu falo, não, tem que ganhar o próximo. Tempo sempre há. Enquanto existem pontos possíveis para que a gente classifique com o elenco que a gente tem, acredito que temos meios de chegar lá sim. E vamos brigar até o fim para isso", disse ao Uol.

Faltam 14 partidas para o fim da Série B, com 42 pontos em disputa. Considerando 63 pontos, número médio de acesso no histórico da Segundona dos pontos corridos, o time comandado por Felipão precisaria de mais 35 pontos. Isso significa que, se o quarto colocado de 2020 subir com 63 , o Cruzeiro pode perder só mais 7 pontos. Porém, o acesso pode ser garantido com uma pontuação inferior. Em 2007, por exemplo, o Vitória-BA subiu com 59. Neste cenário, o Cruzeiro poderia perder mais 11 pontos.

Sérgio Santos Rodrigues também falou sobre a situação financeira do clube. “Prometer que vai pagar salário em dia é complicado, pois a gente não sabe da receita. O que a gente batalha é para isso. Só eu sei o que é ter uma caneta na mão e a responsabilidade pela vida dessas pessoas", disse o mandatário celeste.

"O pessoal sabe o meu incômodo com isso. Tanto que, quando atrasa, eu comunico internamente. Falo do planejamento e quando pretendo pagar. Enfim, prometer que vai acontecer é complicado, mas quem está aqui sabe da nossa seriedade, do nosso empenho e o tanto que incomoda não estar em dia. Isso é uma batalha diária para que o atraso não aconteça", disse.