Cruzeiro: Ramires ‘fora da realidade’ e desconto em venda de Orejuela para receber à vista

Por Itasat

Precisando de dinheiro em caixa para quitar compromissos, como salários atrasados, o presidente do Cruzeiro, Sérgio Santos Rodrigues, admite dar um desconto ao Grêmio para receber à vista o valor de uma possível venda do lateral-direito Orejuela. A afirmação foi feita em entrevista à Rádio Itatiaia.

Pelo acordo firmado pelo Núcleo Gestor do Cruzeiro em janeiro deste ano, o Grêmio tem até o fim de dezembro para exercer o direito de compra de Orejuela. Assim, o clube gaúcho tem que pagar à Raposa 3,35 milhões de euros (cerca de R$ 21,6 milhões) por 50% dos direitos econômicos do colombiano. O valor já está abatido os 150 mil euros pagos pelo empréstimo até o fim deste ano.

No entanto, o Grêmio poderia começar a pagar somente a partir de março de 2021 e o valor seria quitado de forma parcelada até dezembro de 2022. Necessitando do dinheiro para agora, Sérgio Rodrigues admite dar um desconto “de mercado” para receber à vista.

“Desconto muito alto é exagero. Claro que, para que a negociação ocorra, tem que ter um desconto. Porque vale lembrar que a forma de pagamento, hoje, caso o Grêmio queira pagar pelo Orejuela, começa no final de março e só termina em dezembro de 2022. Nossa necessidade de caixa é iminente. Se eu fizer um adiantamento em um banco, por exemplo, ninguém vai dar de graça isso pra nós. Então, havendo um desconto, esse abatimento vai ser compatível com que o mercado tem”, disse.

“A gente já simulou essa operação em alguns bancos e vamos fazer uma coisa compatível, dentro da realidade, mas pelo menos para poder usufruir do dinheiro agora. Porque a gente acha que o empréstimo, da forma que foi feito, foi muito ruim para o Cruzeiro, dando a opção de o empréstimo ser feito com a opção de pagamento durante dois anos pra frente. Isso não é uma coisa que ajuda o Cruzeiro, ainda mais nesse momento”, acrescentou.

Ramires

Sérgio Rodrigues também comentou sobre um possível interesse no meio-campo Ramires, que atuou pelo Cruzeiro entre 2007 e 2009 e que esta livre no mercado após rescindir contrato com o Palmeiras recentemente.

Mas o presidente celeste afirmou que a possibilidade é muito remota. Primeiro, devido ao salário do atleta e, em segundo lugar, pela proibição do clube de registrar novos jogadores por causa de uma nova punição por não repassar ao PSTC, do Paraná, 20% da venda do zagueiro Bruno Viana ao Olympiacos, da Grécia, em 2016.

“Se eu falar que o Ramires é um jogador que o Cruzeiro não quer, é um absurdo. Um jogador da qualidade e da história dele, com o carinho que a torcida tem com ele. Mas há a realidade do mercado que a gente sabe. Infelizmente, além de salários, há essa nova punição da Fifa que a gente tomou na CNRD. Então, se eu tiver que dizer hoje, é uma contratação muito fora da realidade, mas sabendo que é um negócio que a gente quer, que gostaríamos. Temos que esperar o desenrolar das coisas para ver o que pode ser feito", finalizou.