Por Itasat
Numa decisão histórica, a ONU aprovou uma recomendação para reclassificar a maconha e, assim, abrir espaço para seu uso médico mais amplo.
A nova classificação retira a planta de uma lista de narcóticos mais perigosos, como a heroína. Mas todas as demais resoluções propostas para garantir maior liberdade de uso não foram aprovadas.
O Brasil votou contra a proposta, assim como fizeram regimes como China, Egito, Rússia ou Turquia. Na América Latina, os governos do Uruguai, Colômbia, Equador e México foram favoráveis, além de grande parte da Europa, Estados Unidos e Canadá.
A decisão foi feita pela Comissão de Narcóticos da ONU, composta por 53 países. Uma recomendação, nesse sentido já havia sido feita antes pela Organização Mundial de Saúde (OMS).
Ao reclassificar a maconha, a ONU ainda abre espaço para um número maior de pesquisas e um reconhecimento de sua utilidade médica. A decisão da ONU não tem implicação direta para uma liberalização da maconha.
Cada um dos países tem total soberania para decidir sobre como lidar com o produto. Atualmente, cerca de 40 países já reconhecem o uso medicinal da planta e o posicionamento da ONU, na visão dos especialistas, abrirá a possibilidade para que outros governos tomem o mesmo caminho.