Por Itasat
O presidente da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), Agostinho Patrus (PV), disse na manhã desta sexta-feira (4), que o secretário de Planejamento e Gestão de Minas, Otto Levy, é conhecido na Casa como “secretário fake news”.
A declaração foi dada em entrevista coletiva, após Agostinho ser questionado sobre a afirmação de Otto à Itatiaia, de que cerca de 50 mil servidores públicos estaduais podem ser demitidos se um projeto de lei não for aprovado neste ano na ALMG.
“O secretário Otto Levy é conhecido aqui como ‘secretário fake news’. Ele já veio aqui no ano passado e disse que se a Assembleia votasse em 15 dias a antecipação do nióbio, ele já tinha 30 ou 40 empresas já cadastradas na Bolsa de Valores para comercializar. O secretário Otto Levy, a hora que ele começar a falar coisas de verdade, a hora que ele começar a vir aqui e expor as coisas com realidade, nós vamos ouvir”, disparou o presidente da ALMG.
Em nota, o Governo de Minas afirmou que a situação se trata de uma realidade que precisa ser solucionada para evitar a demissão de quase 50 mil trabalhadores. Informou, também, que a antecipação de recebíveis do nióbio foi atrapalhada pelo questionamento do Ministério Público de Contas e pela pandemia.
O projeto de lei
Otto afirmou à Itatiaia nesta quinta-feira (3), que aproximadamente 50 mil servidores públicos estaduais podem ficar sem emprego caso o Projeto de Lei 2.150/20 não passe na Assembleia até o fim de 2020. Seriam mais de 40 mil trabalhadores da educação e 8,4 mil de outros setores.
A proposta permite a recontratação de profissionais que seriam demitidos pelo fato de as leis que regem os contratos atuais terem sido consideradas inconstitucionais pelo Supremo Tribunal Federal.