Por Itasat
Uma doença que afetou mais de 1 milhão de soldados durante a Primeira Guerra Mundial voltou a ser identificada em um ex-morador de rua do Canadá e despertou preocupações de autoridades locais. Outros três casos foram identificados na cidade nos últimos seis meses.
O homem, que vive na cidade de Winnipeg foi acometido pela febre das trincheiras, que é transmitida por piolhos, ou por lesões de pele, e causada pela bactéria Bartonella quintana.
Os sintomas incluem febre, dores de cabeça, nas canelas e nas costas, além de tonturas e inflamações do coração, conhecidas como endocardites, que podem levar à morte.
Um dos pacientes identificados desenvolveu paralisia e dificuldade de fala, após sofrer um sangramento cerebral causado pela bactéria.
Em entrevista a um jornal local, o infectologista da Universidade de Manitoba, em Winnipeg, Carl Boodman, alertou para a relação da doença com as condições precárias de vida.
"Esta é uma doença das condições de guerra, é uma doença dos campos de refugiados e é algo contra o qual muitas sociedades industrializadas ainda luta. Isso apenas reflete o fato de que existem pessoas em nossa sociedade que vivem em condições que não devemos tolerar", afirma.