Por Itasat
A partir desta sexta-feira (1º), o Reino Unido inicia o novo ano como um país "independente", pela primeira vez em quase meio século, após romper definitivamente seus laços com a União Europeia (UE).
Às 23h (horário local) e à meia-noite em Bruxelas, o relógio marcou o momento histórico do Brexit, cuja fase de transição terminou em 31 de dezembro de 2020. "É um momento incrível. Temos nossa liberdade em nossas mãos e depende de nós aproveitá-la ao máximo", afirmou o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, em seu discurso de fim de ano.
A saída do Reino Unido da União Europeia dominou a política desde o polêmico referendo realizado em 2016, quando 52% dos britânicos decidiram pela independência. O país, porém, já havia deixado oficialmente o bloco no dia 31 de janeiro de 2020, mas continuou a aplicar as regras europeias enquanto negociava a sua futura relação com os seus 27 antigos parceiros.
O acordo entre UE e Reino Unido foi alcançado somente no dia 24 de dezembro após quase um ano de negociações difíceis e repletas de troca de acusações. No entanto, os dois lados conseguiram firmar um tratado após as atuações efetivas de Johnson e da presidente da Comissão Europeia, Ursula Von der Leyen em dezembro.
O documento foi assinado no último dia 30, mas ainda precisará ser analisado formalmente pelo Parlamento Europeu, provavelmente em março de 2021, para daí ser ratificado pelos Estados-membros.
Agora, o governo britânico terá controle de suas águas, liberdade para negociar acordos comerciais com países fora da UE e a livre-circulação de pessoas entre as duas margens do Canal da Mancha terminou. Com isso, cidadãos de todos os 27 países europeus precisarão de visto para trabalhar e estudar no Reino Unido, embora aqueles que residiam lá antes da separação manterão seus direitos.