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Cruzeiro 100 anos: a épica Taça de 66, hegemonia na Copa do Brasil e glórias no Brasileirão

Relembramos as conquistas nacionais no aniversário de 100 anos da Raposa

02/01/2021 09h44
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Por Itasat

Em 1942 o Cruzeiro deixava de ser Società Sportiva Palestra Italia para ser rebatizado para seu nome atual. Com a nomenclatura anterior, o clube conquistara apenas torneios estaduais. Para todo o Brasil, já como Cruzeiro Esporte Clube, a partir de 1966, a história de glórias nacionais começava a ser escrita.

A nível nacional, Cruzeiro e título combinaram por 10 vezes. A Raposa conquistou quatro títulos do Campeonato Brasileiro de Futebol, com a épica conquista da Taça Brasil de 1966 iniciando o tetracampeonato. Na sequência, em 2003, primeiro ano da fórmula de pontos corridos, a equipe levantou seu segundo caneco na competição. Em 2013 e 2014, o bicampeonato consecutivo para fechar a contagem.

A equipe estrelada ostenta o feito de ser o maior campeão da Copa do Brasil, obtendo o hexacampeonato. Em 1993, 1996, 2000, 2003, 2017 e 2018 a taça da charmosa competição ficou no Barro Preto. O Cruzeiro foi o primeiro clube a conquistar a taça por dois anos consecutivos.

Primeira e inesquecível glória nacional

Fazendo jus a um dos trechos mais simbólicos de seu hino, no dia 30 de novembro de 1966, o Cruzeiro, contra o Santos de Pelé, à época tido como o melhor time do mundo, aplicou uma sonora goleada sobre a equipe praiana, abrindo caminho para a inédita conquista da Taça Brasil e, assim, levantando a primeira taça nacional. 

Antes de enfrentar a Raposa naquela data, o Santos já havia conquistado duas Libertadores e dois Mundiais. Se a prévia da partida indicava um amplo favoritismo ao Peixe, o Cruzeiro, ainda no primeiro tempo, fez questão de surpreender todo o Brasil, fazendo, nos primeiros 45 minutos, um acachapante 5 a 0. Zé Carlos (contra), Natal, Dirceu Lopes (2) e Tostão marcaram os gols celestes da primeira etapa. Toninho Guerreiro (2), para o Santos, e Dirceu Lopes, fazendo o seu terceiro no jogo na segunda etapa, fecharam o placar.

Para aumentar a surpresa na decisão, na partida de volta, disputada no Pacaembu, o Cruzeiro voltou a vencer a equipe praiana, desta vez por 3 a 2, com gols de Tostão, Dirceu Lopes e Natal. Os gols de honra dos donos da casa foram marcados por Toninho e Pelé.

Grandes campanhas nos pontos corridos

Pela primeira vez, em 2003, o Campeonato Brasileiro de Futebol foi disputado na fórmula de pontos corridos, formato que até hoje perdura. Com uma campanha inesquecível, o Cruzeiro, treinado por Vanderlei Luxemburgo e comandado em campo por Alex, terminou a competição com 100 pontos, 13 a mais que o segundo colocado Santos. Para literalmente coroar uma temporada perfeita, o título integra a chamada "Tríplice Coroa" – conquista do Brasileirão, Campeonato Mineiro e a Copa do Brasil do ano.

A Raposa voltaria a conquistar o Campeonato Brasileiro 10 anos depois. Em 2013, com nove pontos à frente do Grêmio, a equipe celeste levantou a taça com certa autoridade. No ano seguinte, um ponto a mais diferenciou a campanha do Cruzeiro para o segundo colocado. No bicampeonato, a equipe celeste foi comandada pelo técnico Marcelo Oliveira e, sobretudo por um time que rapidamente se acertou.

Éverton Ribeiro, Ricardo Goulart, Dagoberto, Borges, Nilton, Lucas Silva e, claro, o goleiro Fábio foram alguns dos nomes que participaram e marcaram as duas campanhas do Cruzeiro no inédito bicampeonato brasileiro. 

Hegemonia na Copa do Brasil

A primeira das seis conquistas do Cruzeiro na charmosa Copa do Brasil aconteceu em 1993. A Raposa enfrentou o Grêmio, segundo maior vencedor da competição. O primeiro jogo foi no Olímpico Monumental, em Porto Alegre, e terminou empatado por 0 a 0. Na volta, no Mineirão, a equipe estrelada venceu por 2 a 1 e levantou a taça.

Três anos depois, em 1996, o bicampeonato veio num duelo de Palestras. Cruzeiro e Palmeiras se enfrentaram em duas partidas naquela temporada. O primeiro jogo, no Gigante da Pampulha, terminou empatado por 1 a 1. No segundo confronto, no antigo Palestra Itália a Raposa surpreendeu os donos da casa e faturou o título.

Em 2000, o Cruzeiro voltaria a impressionar na Copa do Brasil, desta vez por uma campanha irretocável. Invicto, o Cruzeiro conquistou o tri ao bater o São Paulo na finais. O primeiro confronto da final foi no Morumbi, que terminou num empate sem gols. No Mineirão, o Cruzeiro fez história ao fazer 2 a 1. O inesquecível gol de falta de Geovanni sobre o consagrado Rogério Ceni, no desempate, deu a terceira taça da Copa para a Raposa.

Três temporadas mais tarde, em 2003, o Cruzeiro não só conquistaria o tetracampeonato como voltaria a levantar a taça da Copa com uma campanha invicta. Dessa vez, o adversário da final foi o Flamengo. No Rio de Janeiro, o empate por 1 a 1. No Mineirão, a Raposa não tomou conhecimento do Urubu e aplicou um convincente 3 a 1 para confirmar o título.

O Flamengo voltaria a ser o adversário da Raposa 14 anos depois na busca por mais uma conquista de Copa do Brasil. Em 2017, o título foi decidido nos pênaltis. Isso porque o primeiro jogo, no Maracanã, terminou em 1 a 1 e o segundo em 0 a 0, no Mineirão. Já com o regulamento do gol fora de casa não ser válido como critério de desempate, Raposa e Rubro-Negro foram para a marca da cal. Na disputa decisiva, o Cruzeiro venceu por 5 a 3 e faturou o pentacampeonato.

A temporada de 2018 marcou outros dois grandes feitos do Cruzeiro no cenário nacional. A Raposa conquistou o hexacampeonato da Copa do Brasil, isolando-se como maior vencedor da competição. A taça da temporada também fez a Raposa ser a primeira a conquistar a taça por dois anos consecutivos. A partida de ida da grande final aconteceu no Mineirão, e a Raposa venceu por 1 a 0. Uma semana depois, na Arena Corinthians, a equipe celeste manteve a vantagem ao vencer por 2 -1 e garantiu o hexacampeonato.