Por Itasat
Um tribunal federal de apelações abriu caminho para a execução da única mulher no corredor da morte federal americano antes que o presidente republicano Donald Trump deixe o cargo e o democrata Joe Biden assuma, em 20 de janeiro. Lisa Montgomery, de 52 anos, foi condenada por matar uma grávida e roubar seu bebê em um crime cometido em 2004 e pode ser executada no dia 12.
Se a data for mantida, Montgomery será a primeira mulher condenada pelo sistema federal a ser executada desde 1953, quando Bonnie Heady foi morta na câmara de gás no Estado do Missouri. A decisão, proferida na sexta-feira por um painel de três juízes do Tribunal de Apelações dos Estados Unidos para o Circuito do Distrito de Columbia, concluiu que um juiz de primeira instância errou ao desmarcar a data de execução de Montgomery em uma ordem na semana passada.
O juiz Randolph Moss havia determinado que o Departamento de Justiça remarcasse a execução de Montgomery e cancelado uma ordem do diretor do Departamento de Prisões que estabelecia essa data para 12 de janeiro.
Montgomery deveria ter sido executada no Complexo Correcional Federal em Terre Haute, Indiana, em dezembro, mas Moss suspendeu a execução depois que os advogados de defesa contraíram coronavírus visitando sua cliente e pediram que prorrogasse o prazo para entrar com um pedido de clemência.
Moss concluiu que, sob sua ordem, o Departamento de Prisões não poderia nem mesmo reagendar a execução de Montgomery. Mas o painel de apelações discordou. Meaghan VerGow, advogada de Montgomery, disse que sua equipe jurídica pedirá que o tribunal de apelações analise o caso e defendeu que ela não seja executada no dia 12.