Sampaoli contesta derrota, mas minimiza briga do Galo pelo título: 'Não pensei nisso até agora'

Por Itasat

Após a derrota do Atlético para o Goiás, por 1 a 0, na noite dessa quarta-feira, pela 34ª rodada do Campeonato Brasileiro, no Estádio da Serrinha, o técnico Jorge Sampaoli deu uma declaração surpreendente. Ainda que a equipe esteja na 3ª colocação e tenha terminado algumas rodadas na liderança da competição, sempre brigando dentro do G-4, o treinador argentino minimizou a briga pelo título e disse que 'nunca pensou' nesse sentido.

"Eu nunca pensei nisso até agora. Pensei em ganhar cada jogo e saber a realidade deste time, que é um time jovem, novo, que está tentando construir uma ideia. Só terá que entender o torcedor. Penso na próxima partida, em ganhar, atacar e ver como podemos recuperar de visitante essa partida que perdemos", afirmou.

Com o resultado diante do Goiás, o Atlético chegou à nona derrota como visitante. A equipe tem apenas a 12ª melhor campanha nesse quesito. Na noite dessa quarta, inclusive, o revés veio de forma parecida com outros sofridos longe de Belo Horizonte neste Brasileirão. O Galo dominou as ações de jogo, teve mais posse de bola, finalizou mais vezes, mas saiu de campo sem somar pontos.

Ao analisar o desfecho do confronto diante do Esmeraldino, que tratou como "muito difícil de explicar", Sampaoli contestou a derrota e afirmou que o Galo saiu de campo "sem nada", quando veio "por tudo".

"Um jogo muito difícil de poder explicar. Na realidade, tivemos 75% de posse de bola. Estivemos a todo tempo no campo rival, diante de um time que só teve um tiro no gol e termina ganhando. E nós, com muitas situações de gol, não concluímos. Lamentavelmente, saímos com nada, quando viemos por tudo", desabafou.

Três zagueiros

Antes mesmo da bola rolar em Goiânia, boa parte dos torcedores atleticanos contestavam a escalação de três zagueiros (Gabriel, Réver e Alonso) para enfrentar o Goiás - sexto pior ataque do Brasileirão. Na entrevista concedida após a partida, Sampaoli afirmou que, apesar da linha tripla de defensores, montou um sistema defensivo para aumentar as peças de ataque, prevendo um jogo reativo do adversário.

"A ideia de três zagueiros era tratar de suportar a característica de jogo do rival, que era de lançamentos frontais a Fernandão. Também para ter seis jogadores de ataque, sabendo que o Goiás teria uma linha de cinco na defesa, para gerar algum tipo de complicação. No segundo tempo, já com a diferença no placar, sobrava um marcador central, e eu entendi que ia modificar o sistema de ataque para gerar mais condição", defendeu.