Por Itasat
O elenco do Cruzeiro se reapresentou nesta segunda-feira (15), para iniciar a pré-temporada 2021. O principal objetivo do ano é garantir o retorno à Série A, missão falha em 2020 com a permanência na segunda divisão nacional. O discurso de o essencial é subir é adotado pelo presidente Sérgio Santos Rodrigues, que concedeu entrevista ao jornal O Globo.
"Evito ao máximo a futurologia. Se a gente pegar exemplos passados, cada um teve particularidade. O Atlético caiu em 2005 e foi ganhar título só em 2013. O Inter caiu num ano e no outro foi para a Libertadores. Quando o Cruzeiro vai ganhar um título? Pode ser este ano. Por que o Cruzeiro, no ano do centenário, não pode ganhar? Mas a gente trabalha com pé no chão. O objetivo é a Série A. Claro que eu quero ganhar. Mas não tenho obrigação. Na Copa do Brasil, vamos uma fase de cada vez. A meta na Série B é subir. Não precisa ser campeão", destacou.
Apesar da previsão "pés nos chão", Sérgio Santos Rodrigues destaca que é lutar contra a "cultura brasileira". "É uma coisa que a gente repete sempre. É curioso. O Gilvan [Tavares] ganhou dois títulos brasileiros e uma Copa do Brasil. Hoje, das dívidas Fifa que a gente tem, 90% foram contraídas na gestão dele. Me perguntaram: o que precisa fazer para esse tipo de dirigente ser evitado? Eu falei: a torcida parar de aplaudir o errado que dá certo. Eu não tive o acesso. Me xingaram, não vendo o que aconteceu para trás", ressaltou.
Dívidas
Na entrevista, o presidente destacou que reduções nas despesas são feitas para 2021. Entre elas está a mudança da Sede Administrativa, no Barro Preto, para um coworking no Boulevard Shopping, em Belo Horizonte.
Sérgio Santos Rodrigues também revela redução na dívida, que chegou a bater R$ 1 bilhão no último balancete. "Em números absolutos, a dívida tributária caiu R$ 170 milhões. Teve acordo com Fred, R$ 50 milhões. Dodô e Marquinhos Gabriel, somados, uns R$ 10 milhões. A gente estima que a nossa gestão, entre negociações e dívidas pagas, bateu R$ 250 milhões a menos. O Cruzeiro vai estar melhor em balanço do que muito time da Série A. Vamos reduzir custos e endividamento geral", ressaltou.
"Sobre a dívida, muitos acordos que fizemos foram no último trimestre. Então, na parcial que a gente soltou, eles não tinham saído ainda e aí a dívida estava na casa do bilhão. Quando publicarmos os acordos todos, creio que vamos fechar com uns R$ 800 milhões de dívida", completa.