Por Itasat
O novo plano de vacinação do governo da Itália contra a covid-19, elaborado pelo gabinete do premiê Mario Draghi, prevê que o país comece a atingir a chamada imunidade de rebanho a partir do fim de julho.
Acelerar a campanha de imunização contra o novo coronavírus é a principal promessa do economista, que assumiu o poder em fevereiro passado, após a queda de Giuseppe Conte em função de uma crise política.
O novo plano de vacinação foi divulgado neste fim de semana e prevê que a Itália atinja a marca de 500 mil doses aplicadas por dia entre 14 e 20 de abril - atualmente, cerca de 180 mil pessoas são vacinadas diariamente no país.
Segundo o cronograma, a Itália chegará a uma imunidade coletiva de 60% da população no fim de julho. Além disso, o governo prevê atingir 70% na segunda quinzena de agosto e 80% em meados de setembro.
Não há hoje um consenso na comunidade científica sobre qual parcela da população precisa estar vacinada para o vírus parar de se espalhar - a chamada imunidade de rebanho -, mas as estimativas costumam partir de pelo menos 60%.
Atualmente, cerca de 2 milhões de pessoas já estão completamente vacinadas contra a covid-19 na Itália, o que equivale a pouco mais de 3% de sua população. A campanha é feita exclusivamente pelo sistema público de saúde, que usa as fórmulas da Pfizer, Moderna e AstraZeneca.
A vacina da Janssen, de dose única, também já foi aprovada para uso emergencial e deve começar a ser distribuída em abril. O laboratório belga promete entregar 7,31 milhões de doses até o fim de junho e outras 15,94 milhões até o fim de setembro.
Até o fim do terceiro trimestre, a Itália também terá recebido pelo menos 56,16 milhões de doses da Pfizer, 40,17 milhões da AstraZeneca, 19,95 milhões da Moderna e 13,95 milhões da Curevac, que ainda não foi aprovada, totalizando 153,48 milhões.
Para acelerar a campanha, o governo Draghi vai permitir a vacinação em empresas, fábricas, ginásios, escolas e paróquias, mas sempre seguindo as prioridades do Ministério da Saúde.
O plano divide os cidadãos em cinco níveis, na seguinte ordem: pessoas com "elevada fragilidade"; entre 70 e 79 anos; entre 60 e 69 anos; com menos de 60 anos, mas com patologias ou situações de comprometimento imunológico que possam aumentar o risco da covid-19; e o restante da população.
Profissionais da saúde, idosos acima de 80 anos e categorias como professores, policiais e militares já foram ou estão sendo vacinados. A Itália é um dos países mais atingidos pela pandemia do novo coronavírus e contabiliza mais de 3,2 milhões de casos e cerca de 102 mil óbitos.