Por Itasat
A Confederação Brasileira de Futebol (CBF), com anuência dos clubes, implementou limite para troca de técnicos na Série B do Campeonato Brasileiro de 2021. A medida já havia sido anunciada para a Série A. Com isso, cada time poderá ter apenas dois treinadores ao longo das 38 rodadas da competição. E os técnicos também só poderão dirigir duas equipes na mesma competição.
Para comparação, apenas na temporada passada, o Cruzeiro teve três técnicos na Série B: Enderson Moreira, Ney Franco e Felipão. Terminou o torneio comandado pelo auxiliar Célio Lúcio após a saída de Luiz Felipe Scolari. Para 2021, o clube assinou contrato até o fim do ano com Felipe Conceição, e a diretoria quer manter o trabalho do técnico.
Apesar de ter o mesmo formato, as divisões do Campeonato Brasileiro têm regulamento isolado. Assim, um mesmo técnico poderá passar por dois clubes na Série A e dois na Série B ao longo da temporada.
A nova regra determina que o clube começará a Série B com um técnico inscrito. Se demitir este treinador, poderá inscrever apenas mais um. Caso ocorra uma segunda demissão, o substituto terá de ser um profissional que já trabalhe registrado na comissão técnica ou nas categorias de base do clube há no mínimo seis meses. Se o pedido de demissão partir do próprio treinador, não haverá limitação ao clube para contratar um novo técnico.
Esse treinador que pedir demissão, no entanto, só poderá ser inscrito por mais uma equipe durante toda a Série B. Ou seja, em caso de novo pedido de demissão, ele não poderá mais trabalhar na competição. Mas, se a demissão for feita pelo clube, não sofrerá nenhum tipo de limitação para arrumar um novo clube.
"A decisão dos clubes da Série B é mais uma demonstração de maturidade do nosso futebol. Era um desejo da CBF há alguns anos e ficamos satisfeitos que ela seja implantada simultaneamente nas duas principais divisões do Brasileirão. Assim como na Série A, a medida vai permitir a realização de trabalhos mais estruturados por parte dos treinadores e uma maior estabilidade técnica e financeira para os clubes. O futebol brasileiro está unido na direção da renovação e do desenvolvimento", comentou o presidente da CBF, Rogério Caboclo.