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CPI da Covid

CPI da Covid: Pacheco diz que 'decisão judicial se cumpre', mas critica Barroso

CPI pode antecipar palanque eleitoral e político para 2022, diz presidente do Senado

09/04/2021 08h40
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Por Itasat

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), afirmou que vai cumprir a decisão do ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), e instalar a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da covid-19 na Casa. No entanto, afirmou que o colegiado poderá se transformar em um palanque político e antecipar a disputa eleitoral 2022. Além disso, ele criticou a decisão do ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), que determinou o início da investigação no Senado.

Em coletiva de imprensa no Senado, Pacheco afirmou que "decisão judicial se cumpre" e que vai respeitar a determinação de Barroso por "responsabilidade institucional e cívica", mas fez questão de criticar a decisão de Barroso.

O presidente do Senado argumentou que a investigação - que precisa ser feita em sessões presenciais - pode comprometer o enfrentamento da pandemia.

Pacheco vai ler em plenário o requerimento de instalação da CPI na próxima semana e abrir a indicação dos membros, que deve ser feita pelos líderes partidários. "CPI de pandemia, neste momento nessa quadra histórica do Brasil, com a gravidade da pandemia que nos exige união, vai ser um ponto fora da curva", afirmou Pacheco. "E, para além de um ponto fora da curva, pode ser um coroamento do insucesso nacional do enfrentamento da pandemia."

O senador voltou a dizer que não é momento para pandemia e criticou a decisão de Barroso. “A CPI poderá exercer um papel de antecipação de discussão político-eleitoral de 2022, de palanque político, que absolutamente é inapropriado para esse momento da nação", afirmou. "Eu considero que é uma decisão equivocada e que evocará precedentes absolutamente inadequados para o momento do país."

Destacando que o funcionamento será presencial, o presidente do Senado alertou para o risco de contaminação por covid-19 que parlamentares, servidores e a imprensa estarão sujeitos. Ele também afirmou que a comissão não poderá substituir o papel das polícias e do Ministério Público. A decisão de Barroso ainda será levada ao plenário do STF, mas, por já ser válida, Pacheco reforçou que vai cumprir o que determinou o ministro monocraticamente.