Por Itasat
A contratação frustrada do meia-atacante Yeison Guzmán foi “complexa desde o início” e durou quase dois meses. É o que revela com exclusividade à Rádio Itatiaia o empresário Gianfranco Petruzziello. Ele participou da negociação entre Cruzeiro, Envigado e atleta, que chegou a ser anunciado oficialmente pelo clube celeste.
Interessado no jogador, o Cruzeiro fez uma proposta, por meio de Petruzziello, pelo atleta, de 23 anos, que está valorizado no futebol colombiano. De acordo com o empresário, “houve cordialidade entre Cruzeiro e Envigado", que tinha como intermediário Viveros. O negócio fluiu até a entrada de Kormac Valdebenito, agente do jogador.
“Conversamos várias vezes [com o Envigado] e nos deixaram claro que a figura do Kormac não poderia estar presente na operação. Isso foi dito para todos os envolvidos. O próprio jogador disse que o agente não o representava mais e que tudo relacionado ao contrato era para ser tratado com ele”, revela o empresário.
Depois da assinatura do pré-contrato entre jogador e Cruzeiro, com detalhes salariais acertados, segundo Petruzziello, Kormac passa a ter voz pelo atleta. “Ele [Kormac] entra na operação para mostrar serviço para o atleta, querendo ganhar o dele, em uma operação que estava 98% encaminhada com todos os documentos, inclusive, assinados.”
“Não tem o que questionar. Eles recebem uma minuta. Algo acontece entre o atleta e o Kormac [agente], que abala demais principalmente a cabeça do jogador, e aí eles simplesmente desistem e usam como desculpa para a operação não caminhar que não estão de acordo com o documento que o próprio jogador três dias antes tinha dado aceite”, diz.
Segundo Petruzziello, a dúvida levantada pelo agente do jogador foi quanto ao salário CLT e o direito de imagem. “Existiam os descontos trabalhistas normais, o que foi explicado ao jogador. A grande dúvida era em relação ao direito de imagem onde a gente não tem a exatidão de quanto vai ser descontado porque o atleta não tem uma empresa formalizada no Brasil”, pontua.
Ainda conforme Petruzziello, a última ação do Cruzeiro foi enviar um documento, na manhã dessa terça-feira (20), “explicando detalhadamente como funciona regime tributário no Brasil”, citando, inclusive, “trecho da Lei Pelé mostrando que era possível pagar 60% na carteira e 40% no direito de imagem”.
Direito de resposta
A Itatiaia abriu espaço para que o empresário Kormac Valdebenito se posicione. Em resposta, o agente disse que vai se manifestar na próxima semana.