Ainda não se sabe o que acontecerá hoje (7) na Assembleia Nacional venezuelana. O deputado e autoproclamado presidente interino do país, Juan Guaidó, afirmou que comparecerá ao Congresso e presidirá a sessão. "Sabemos que arriscaremos a pele. A república está em jogo", disse Guaidó.
No entanto, não se sabe se será novamente impedido de entrar no local pois agentes da Guarda Nacional Bolivariana fazem a guarda nos arredores da Assembleia. No último domingo (5), em um dia conturbado, opositores de Maduro, inclusive Guaidó, foram impedidos de entrar no palácio legislativo. Do lado de dentro do edifício, apoiadores de Maduro aprovaram, em uma sessão relâmpago e sem quórum, a eleição de Luis Parra para presidir o órgão.
Enquanto isso, do lado de fora, Juan Guaidó foi reeleito com 100 votos de deputados, mais do que os 84 necessários para a sua recondução.
Maduro afirmou, em rede nacional, que reconhece a eleição de Luis Parra e que Guaidó é um "fantoche do imperialismo americano".
Luis Parra foi expulso do partido de oposição a Maduro, o Primeiro Justiça, no final do ano passado por denúncias de corrupção.
Nna manhã desta terça-feira, Guaidó foi à sede do Partido Ação Democrática, de onde seguirá para a Assembleia Nacional. Conforme anunciou ontem (6), ele pretende presidir a sessão de hoje na casa legislativa.
Em um comunicado emitido nesta segunda-feira, a Procuradoria da Assembleia Nacional afirmou que "no dia 5 de janeiro, foram cumpridas todas as formalidades exigidas na Constituição e Regulamento Interno para a eleição da Junta Diretiva pelo período de 2020". O órgão reconhece Guaidó como presidente da Assembleia Nacional.
O texto diz ainda que o regime de Maduro, com auxílio de forças militares, impediu o acesso ao palácio legislativo e empregou táticas de agressão e intimidação.