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Corte no orçamento

Universidades federais temem agravamento da crise financeira e podem suspender várias atividades

De acordo com o painel do orçamento federal, estão livres para 2021 R$ 2,5 bilhões

13/05/2021 09h58
Por:

Por Itasat

Em crise, as quase 70 universidades federais do país, incluindo a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), podem suspender várias atividades por causa do bloqueio no orçamento feito pelo governo federal. De acordo com o painel do orçamento federal, estão livres para 2021 R$ 2,5 bilhões, valor que também será destinado a 1,3 milhão de  estudantes. 

Esse valor é praticamente o mesmo que o orçamento de 17 anos atrás, conforme valores atualizados pelo Índice de Preço do Consumidor (IPCA). No entanto, em 2004, eram 574 mil alunos e 51 instituições. 

Os gastos vão desde as contas mais básicas, como limpeza e segurança, até para o pagamento de bolsas, compras de insumos para pesquisas e reformas prediais. Com um orçamento muito baixo, alunos mais pobres perdem a ajuda que os garante nas universidades, pesquisas são interrompidas e até contas de água e de luz podem ficar atrasadas. 

De acordo com o presidente da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior, Eduard Madureira, a situação é crítica e o orçamento para 2021 é 18% menor do que o orçamento de 2020.

“Somados a esses cortes nós ainda temos um bloqueio de parte do orçamento que impede a utilização desse pouco orçamento que a gente tem para fazer face as despesas desse primeiro semestre. Nós temos com esse bloqueio e esse contingenciamento uma situação que as universidades não resistem mais dois ou três meses. Com o desbloqueio, as universidades talvez resistam quatro, cinco meses. Além do descontigenciamento, nós precisamos de uma recomposição dos valores do orçamento para sobreviver até o final do ano.”

Madureira diz que um dos maiores impactos será em relação a assistência dos alunos de baixa renda. “Nós temos um perfil de estudantes de baixa renda que é muito grande e que depende da assistência estudantil para se manter estudando e sem essas bolsas esses estudantes abandonam a universidade. O prejuízo para o país de cada estudante que evade é incalculável, pois esse estudante certamente terá um negócio, gerará empregos, movimentará a economia, enfim é drástico o impacto em todas as áreas, na pesquisa, na extensão, na formação de estudantes, o impacto é para o país.”

O presidente da associação diz que não há como as instituições “se virarem” e que a única solução é a liberação do dinheiro. “Não há espaço para se fazer mais nada em termos de redução na universidade. Tudo que poderia deixar de ser feito, claro que com prejuízos, deixou de ser feito, agora o corte chega dentro da sala de aula, nos laboratórios e as consequências serão desastrosas.”

No início da semana a Universidade Federal do Rio de Janeiro se tornou um dos assuntos mais falados do Brasil após alegar que pode fechar as portas até julho. A administração cita que no fim de abril o governo federal bloqueou R$ 41,1 milhão do orçamento que seria destinado à UFJR.