Por Itasat
Depois do ex-ministro Eduardo Pazuello, mais uma testemunha da CPI da Covid recorre ao Supremo Tribunal Federal (STF) para direito de ficar em silêncio durante depoimento no Senado. Trata-se da secretária de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde do Ministério da Saúde, Mayra Pinheiro, que é pediatra e conhecida como ‘capitã cloroquina’. A participação dela na comissão está prevista para a próxima quinta-feira (20).
Os advogados da médica entraram com o pedido no STF nesse domingo (16), em movimento semelhante ao que a Advocacia Geral da União (AGU) solicitou para o ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello.
Na última sexta-feira (14), o ministro Ricardo Lewandowski garantir a Pazuello o direito de ficar em silêncio durante o depoimento previsto para a próxima quarta-feira (19). O ministro obrigou que o general da ativa compareça à CPI, mas o impediu de "sofrer quaisquer constrangimentos físicos ou morais, em especial ameaças de prisão ou de processo". O depoimento é considerado crucial para os trabalhos da comissão.
Ao acionar o STF, a AGU apontou que Pazuello é alvo de inquérito que investiga sua atuação no colapso da rede pública de saúde em Manaus, onde dezenas de pacientes morreram asfixiadas devido à falta de oxigênio nos hospitais. O caso, que tramitava no STF, foi enviado à Justiça Federal do DF após Pazuello perder o cargo e a prerrogativa do foro privilegiado. Um dos temores do governo é o de que o ex-ministro produza provas contra si mesmo, reforçando as acusações levantadas no inquérito.