Por Itasat
Professores das redes municipal e estadual de Minas Gerais avaliam que somente a vacinação de profissionais da educação contra covid-19 não é suficiente para garantir o retorno às aulas presenciais com segurança. A retomada das aulas é demanda crescente, mas ainda gera muita divergência.
Professora nas redes municipal de estadual, Flávia Silvestre destaca a importância da vacinação dos profissionais da educação, mas pondera: “Para que a gente se sinta seguro, é preciso que toda comunidade escolar esteja vacinada. Por mais que a gente fique imunizado, isso não torna a escola um lugar seguro para os alunos e pais que se relacionam com as crianças e adolescentes”, diz.
Já a professora Neide Resende, que leciona na escola municipal Aurélio Buarque de Holanda, avalia que o retorno das atividades presenciais vai muito além da vacinação. “Dizer que a vacina dos professores por si só garante segurança, acho que não. É preciso ampliar mais ainda a vacinação para a população de maneira geral e também haver um investimento por parte da prefeitura em garantir estrutura física das escolas, higiene, manutenção, limpeza, quantidade de funcionários para ajudar os alunos e quantidade de professores para garantir turmas pequenas”, sugere.
Por meio de nota, a Secretaria Estadual de Educação informa que mantém as atividades de maneira virtual e que a implementação do modelo híbrido (que mescla aulas online e presenciais) ocorrerá somente quando a Justiça autorizar e apenas nos municípios sem restrições das prefeituras. Ainda conforme a nota, todas as escolas estão sendo preparadas para o retorno híbrido, gradual e facultativo.
Já a Prefeitura de Belo Horizonte esclarece, também por meio de nota, ser preciso planejar o retorno das atividades presenciais de forma gradual e segura, com base em evidências científicas. Uma nota técnica com os critérios para a reabertura das atividades em todos os níveis foi elaborada para nortear o retorno e uma eventual suspensão, considerando os indicadores epidemiológicos.