Por Itasat
Pode chegar a 10 o número de pessoas que deixarão de ser consideradas testemunhas para se tornarem investigadas na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), no Senado Federal, que investiga ações do governo federal no enfrentamento à pandemia de covid-19.
A informação foi confirmada pelo relator da pandemia, Renan Calheiros (MDB-AL), após reunião com o presidente da CPI, Omar Aziz (PSD-AM), e o vice-presidente, Randolfe Rodrigues (Rede-AP).
Quatro nomes foram confirmados: o do ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello, do ex-ministro das Relações Exteriores Ernesto Araújo, do ex-secretário de Comunicação do governo Fábio Wajngarten e da ex-secretária do Ministério da Saúde Mayra Pinheiro.
Segundo Calheiros, tornar uma pessoa investigada pela CPI permite aprofundar as investigações e facilita a requisição de documentos e o cumprimento de busca e apreensão.
A CPI deve votar nesta quarta-feira (16), as quebras de sigilo telefônico, telemático, bancário e fiscal de quatro empresas que produzem medicamentos do chamado kit covid-19, administrado em pacientes com a doença mesmo sem comprovação científica.
Nesta terça-feira (15), a CPI recebe do ex-secretário de saúde do Amazonas Marcellus Campêlo, investigado pela Polícia Federal por irregularidades na área da Saúde. Os senadores devem questioná-lo sobre o colapso do sistema de saúde no estado, com escassez de oxigênio no início do ano, e saber quando o Ministério da Saúde foi notificado da falta do insumo.