Por Itasat
O presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), concedeu entrevista exclusiva ao Jornal da Itatiaia I Edição desta sexta-feira (25). Na participação, abordou assuntos importantes para o Brasil. Entre eles, a reforma tributária, o andamento da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid-19, o veto do presidente Jair Bolsonaro ao projeto que aumenta a área de atuação da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene), a criação de um novo programa social e também sobre o ritmo de vacinação do Brasil. Pacheco também disse que não será candidato ao Planalto nas eleições de 2022 e avalia não ser hora para declarar apoio.
Sobre a vacinação, o senador admite que o ritmo poderia ter sido muito mais ágil, mas pondera que o cenário atual evoluiu bastante, com esforço do ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, para acelerar a imunização dos brasileiros. Nesse sentido, Pacheco estima que todos os brasileiros acima de 18 anos sejam vacinados até dezembro.
“Evidentemente, poderia ter sido muito mais ágil e muito mais eficiente, não há dúvida. Mas costumo dizer que engenheiro de obra pronta é muito fácil criticar aquilo que já passou. Na verdade, essa pandemia significou muitas dúvidas, muitos dilemas, além da enorme tristeza que ela gerou ao Brasil. E as ações foram tomadas frente a algo desconhecido”, disse o senador, que elogia o trabalho de Marcelo Queiroga.
“Portanto, houve erros, houve acertos e nós estamos continuando nessa luta de enfrentamento à pandemia buscando acertar. E o que tenho observado desse novo ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, é o desejo muito forte de acertar. Ele tem dialogado muito com o Congresso Nacional e tenho observado que, em termos de vacina, as notícias últimas são melhores do que as do passado, com aumento no número de doses da Pfizer, a Janssen já antecipando suas entregas e o Butantan e a Fiocruz, que acabou sendo uma aposta acertada ter vacinas no Brasil”, analisou.
CPI
Pacheco também analisou o andamento da CPI da Covid. Lembrou que a comissão foi formada após decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) e que o enfrentamento à pandemia não pode se resumir ao papel da CPI.
“É preciso deixar a Comissão Parlamentar de Inquérito Parlamentar concluir seus trabalhos, apontar suas responsabilidades, mas a face de enfretamento da pandemia é muito mais ampla. Isso se dá com organização, planejamento e com ações efetivas que signifiquem aumento de leitos de UTI, medicação para tratamento, insumos de sedação e vacina no braço das pessoas. Então, o que me ocupei nesse tempo todo foi buscar soluções, inclusive com o Comitê de Enfrentamento à Covid, do qual fazem parte o presidente da República e o presidente da Câmara, buscar soluções efetivas. Nós não podemos resumir esse enfrentamento a esse papel da CPI, mas ela cumpre esse papel, eu a respeito e aguardo suas conclusões para poder virar essa página”.