Por Itasat
O técnico Cuca divulgou um comunicado nesta sexta-feira para se retratar publicamente com o árbitro Leandro Pedro Vuaden por tê-lo insultado após a derrota do Atlético para o Ceará, nessa quinta (24), no Castelão, pela sexta rodada do Campeonato Brasileiro. Na nota, o treinador afirmou que jamais teve problema com o juiz e admitiu: “nunca poderia ter usado as palavras que usei, exageradas, injustas e que não expressam de forma alguma o que eu penso sobre ele e o que eu sinto por ele”.
“Primeiramente, quero deixar claro que jamais tive problemas com o Vuaden, que sempre foi muito competente e correto nos jogos em que trabalhei. Numa das partidas mais marcantes da minha carreira, só como exemplo, aquele Fluminense x Coritiba de 2009, ele era o árbitro, quando foi muito bem e extremamente corajoso pela situação que se apresentava”, diz um trecho do comunicado.
Cuca entrou em campo para reclamar da arbitragem do gaúcho. Em seguida, quando se distanciava de Vuaden, recebeu o cartão vermelho. A partir daí, o treinador ficou revoltado e começou a chamar Vuaden de “vagabundo” e a falar outras coisas para o árbitro. O comandante alvinegro chegou a ser contido por membros da comissão técnica e pelo atacante Keno.
“Ontem, não houve ofensa alguma até o momento em que ele me deu um injusto cartão vermelho. Reconheço que, depois disso, perdi o controle. Não tem justificativa o meu ato ali. Falar de tudo o que eu vivi e o que todos têm vivenciado, ou das circunstâncias do jogo, nada disso serviria como argumento. Venho, portanto, com toda humildade, me retratar e pedir desculpas ao árbitro e ao homem Vuaden. Nunca poderia ter usado as palavras que usei, exageradas, injustas e que não expressam de forma alguma o que eu penso sobre ele e o que eu sinto por ele”, afirmou Cuca.
Na súmula, Vuaden “carregou” no relato dando a versão dele sobre o que o treinador do Atlético disse no campo e na saída para os vestiários.
“Expulsei com cartão vermelho direto, após o término da partida, o técnico da equipe Clube Atlético Mineiro, senhor Alexi Stival, por adentrar ao campo de jogo e vir em minha direção proferindo as seguintes palavras ‘você me dá azar na vida, ainda bem que vou largar para não precisar conviver com pessoas como você. Tenho nojo. Você é um gaveteiro’. Após visualizar o cartão vermelho continuou proferindo as seguintes palavras ‘sem vergonha, se eu cruzar com você na rua te dou umas tapas na cara’, inclusive fazendo menção e se aproximando dizendo ‘vagabundo, vagabundo’. O mesmo foi contido e retirado por integrantes da sua comissão técnica e jogadores da equipe do Ceará. Quando eu estava na área mista me dirigindo ao vestiário da arbitragem o mesmo proferiu as seguintes palavras ‘vagabundo, vagabundo, vai ter CPI hoje porque você me pediu voto para a sua esposa’. Informo ainda que me senti extremamente ofendido em minha honra pelas palavras proferidas contra a minha pessoa”, escreveu Vuaden.
Diante do relato do árbitro e da expulsão, Cuca será julgado pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) e poderá desfalcar o Atlético à beira do gramado em mais de uma partida no Campeonato Brasileiro. Com o cartão vermelho, o treinador já não poderá comandar o time no duelo contra o Santos, no próximo domingo, às 20h30, na Vila Belmiro, pela sétima rodada. O auxiliar Cuquinha é quem deverá dirigir a equipe.
Confira a íntegra do comunicado divulgado por Cuca:
Cuca, técnico do Atlético-MG, vem a público nesta sexta-feira (25/06) para se retratar sobre o episódio ocorrido logo após o jogo de ontem, na derrota de 2 a 1 para o Ceará, pela 6ª rodada do Campeonato Brasileiro. Arrependido, e com toda a humildade, o treinador pede desculpas ao árbitro Leandro Pedro Vuaden pelo que aconteceu.
“Primeiramente, quero deixar claro que jamais tive problemas com o Vuaden, que sempre foi muito competente e correto nos jogos em que trabalhei. Numa das partidas mais marcantes da minha carreira, só como exemplo, aquele Fluminense x Coritiba de 2009, ele era o árbitro, quando foi muito bem e extremamente corajoso pela situação que se apresentava. Ontem, não houve ofensa alguma até o momento em que ele me deu um injusto cartão vermelho. Reconheço que, depois disso, perdi o controle. Não tem justificativa o meu ato ali. Falar de tudo o que eu vivi e o que todos têm vivenciado, ou das circunstâncias do jogo, nada disso serviria como argumento. Venho, portanto, com toda humildade, me retratar e pedir desculpas ao árbitro e ao homem Vuaden. Nunca poderia ter usado as palavras que usei, exageradas, injustas e que não expressam de forma alguma o que eu penso sobre ele e o que eu sinto por ele.”