Por Itasat
O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), não deve aceitar o chamado “superpedido” de impeachment de Jair Bolsonaro que deve ser protocolado nesta quarta-feira (30), na Câmara. O documento, que reúne acusações relacionadas a supostos 22 crimes, unifica os argumentos contidos nos mais de 100 pedidos de impedimento já protocolados contra o presidente da República.
Aliado de Bolsonaro, Lira ressalta que, além do embasamento com as justificativas pertinentes, são necessárias outras condições, como crise econômica e manifestações nas ruas. Para ele, os protestos recentes contra Bolsonaro têm como motivação uma briga política.
“O impeachment é feito (em ambiente) jurídico, político e circunstância econômicas. Nenhum desses fatores está delimitadamente claro nesse momento. Não há mobilização ostensiva nas ruas. Há uma briga de polarização política em que um faz movimento de um lado e o outro faz movimento de outro, mas sem a sensibilidade necessária para a gente causar qualquer tipo de instabilidade política no país. Nos meus ombros, nesse momento, não queria essa responsabilidade e não acho que seja adequado”, diz o parlamentar do centrão.
Lira diz ainda que a maioria dos pedidos de impeachment não tem embasamento jurídico para prosperar. “Não é uma decisão pessoal do presidente da Câmara que vai instabilizar o país nesse momento”.
Assinam o “superpedido” de impeachment partidos políticos, movimentos sociais, populares e outras entidades representativas da sociedade civil.