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Ministro da Saúde afirma que vai suspender contrato de compra da vacina Covaxin

O ministro afirmou que não é mais oportuno importar as vacinas da Índia neste momento

30/06/2021 09h09
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Por Itasat

Após os irmãos Miranda apontarem em depoimento à CPI da Covid, no Senado, supostas irregularidades envolvendo a compra da vacina indiana Covaxin, o ministro da saúde, Marcelo Queiroga, anunciou nesta terça-feira (29), que a pasta está suspendendo o contrato para a aquisição dos imunizantes. O ministro da saúde afirmou que não é mais oportuno importar as vacinas da Índia neste momento. 

“Decidimos suspender o contrato para que análises mais aprofundadas sejam feitas. Por outro lado, o Ministério da Saúde vai fazer uma apuração administrativa para verificar todos os aspectos da temática que foi suscitada a partir da semana passada”, afirmou o ministro.

O ministro da Controladoria-Geral da União, Wagner Rosário, explicou que o contrato vai permanecer suspenso enquanto durarem as investigações.

“Nós abrimos uma investigação preliminar na semana passada, uma auditoria específica em relação aos relatórios e o tempo de suspensão vai durar tão somente o prazo da apuração. Nós colocamos uma equipe para fazer uma operação reforçada justamente para a gente andar de forma célere nesse processo. Esperamos ter uma resposta em um prazo de 10 dias sobre as análises”, explicou Rosário.  

O líder do governo no Senado, Fernando Bezerra Coelho, declarou durante sessão da CPI da Covid, na Casa, que as supostas irregularidades no contrato para a compra da Covaxin foram apuradas pelo então secretário executivo do Ministério da Saúde, Elcio Franco. 

Anvisa

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) informou ter recebido, na manhã desta terça-feira (29), um pedido de uso emergencial em caráter experimental da vacina Covaxin, da farmacêutica indiana Bharat Biotech. A solicitação foi enviada pela empresa Precisa Medicamentos - que se tornou alvo da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid, no Senado, que quebrou os sigilos de um dos sócios, Francisco Maximiano. 

A empresa foi alvo do Ministério Público Federal (MPF) sob acusação de fraude na venda de testes para covid-19. Na semana passada, o MPF viu indícios de crime na contratação da vacina indiana Covaxin pelo governo de Jair Bolsonaro. O preço fechado para a compra do imunizante, de US$ 15 por dose, foi 1.000% mais alto do que o estimado pela própria fabricante, seis meses antes.