Por Itasat
Reportagem do site UOL publicada nesta segunda-feira denúncia suposto envolvimento do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) em um esquema de ‘rachadinha’, quando o político era deputado federal, entre 1991 e 2018.
A prática consistia na entrega de parte dos salários dos assessores e, em uma das conversas, a ex-cunhada do presidente, Andrea Siqueira Vale, conta que o irmão foi demitido porque se recusou a devolver o dinheiro.
Andrea e André são irmãos de Ana Cristina Vale, segunda mulher do presidente, e estavam entre os 18 parentes nomeados nos três gabinetes da família Bolsonaro, incluindo os filhos Carlos e Flávio.
Na mesma série de reportagens, feita pela jornalista Juliana Dal Piva, o UOL revela que, dentro da família Queiroz, Jair Bolsonaro era conhecido como 01. O apelido é citado em uma conversa entre a mulher e a filha de Fabrício Queiroz, Márcia Aguiar e Nathália Queiroz. Na gravação, Márcia diz que o presidente “não vai deixar” o ex-assessor atuar como antes.
Ainda de acordo com o UOL, a prática de recolher os salários não era uma tarefa exclusiva de Fabrício Queiroz e envolveria até mesmo um coronel da reserva do Exército.
Procurado pelo Uol, o advogado Frederick Wassef, que representa o presidente, negou qualquer ilegalidade e disse que existe uma antecipação da campanha de 2022. Segundo ele, as conversas são “narrativas de fatos inverídicos e inexistentes”, e “jamais existiu qualquer esquema de rachadinha no gabinete do então deputado ou de qualquer um de seus filhos”.
Frederick Wassef ficou conhecido no Brasil após ‘abrigar’ Fabrício Queiroz em um imóvel de Atibaia, no interior de São Paulo.