Por Itasat
A CPI da Pandemia deve analisar hoje o pedido de convocação de Andrea Siqueira Valle, ex-cunhada de Jair Bolsonaro, que, em áudios revelados pelo UOL, cita a atuação do presidente em um suposto esquema de desvio de dinheiro público.
Segundo as gravações, o presidente teria participado da prática conhecida como “rachadinha” quando era deputado federal, entre 1991 e 2018. Um pedido de instalação de CPI para apurar o caso já foi protocolado no Senado.
O pedido de convocação é assinado pelo relator da comissão, senador Renan Calheiros (MDB-AL). Para ele, Andrea Siqueira teria ligação com suspeitas de crimes investigados na comissão da Covid, incluindo indicações para o Ministério da Saúde por interesse do presidente e seus filhos.
“A pessoa convocada tem ligação direta com suspeitas de crimes investigados pelo Ministério Público do Rio de Janeiro, envolvendo o presidente da República e seus filhos. Além disso e intimamente ligadas ao objeto desta CPI, há notícias de que as indicações de ocupantes para posições, cargos e funções estratégicos no Ministério da Saúde e outras posições no combate à pandemia seriam feitas pelo presidente da República, por seus filhos e pessoas próximas a eles, em sua maioria, por meio da senhora Andrea Siqueira Valle”, argumenta Calheiros.
Queiroz
Ainda sobre o esquema de rachadinhas, o ex-assessor de Flávio Bolsonaro na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (ALERJ), Fabrício Queiroz, entrou com uma ação contra o Estado por direitos não recebidos.
O processo começou em maio, mas foi revelado agora pelo jornal O Globo; o subtenente da polícia, na reserva desde 2018, cobra o pagamento de R$ 116 mil do poder público por não ter usufruído de licenças prêmio.
O benefício se aplica aos servidores militares e prevê seis meses de licença a cada dez anos; Queiroz foi PM por 30 anos e, segundo a defesa, fez uso da medida apenas uma vez.