Por Itasat
Contando com o aporte dos investidores, o Atlético continua equalizando suas dívidas e já desembolsou cerca de R$ 133 milhões desde 2019 para quitar os débitos que estavam em discussão na Fifa. O último deles foi pago nessa quinta-feira (8) junto ao Independiente Santa Fe, da Colômbia, pela compra do meio-campista Dylan Borrero em janeiro de 2020.
Apenas neste ano, o Atlético quitou na Fifa cerca de R$ 75,6 milhões. Foram mais R$ 35,4 milhões na temporada passada e outros R$ 22,5 milhões em 2019.
De acordo com o Atlético, o clube praticamente zerou a dívida na Fifa. Agora, resta apenas um débito pendente de cerca de R$ 1,6 milhão, relativo às três últimas parcelas (de um total de cinco) devidas ao técnico venezuelano Rafael Dudamel, que foi demitido em fevereiro de 2020, após menos de dois meses de trabalho. O treinador acionou o Galo na entidade máxima do futebol por não ter recebido salários no período em que esteve na Cidade do Galo e pelo acerto da rescisão do contrato. Segundo o Alvinegro, as duas primeiras parcelas do acordo foram pagas ao profissional.
Entre as dívidas recentes pagas pelo Atlético na Fifa, a maior foi pelo atraso no acerto com o Junior Barranquilla, da Colômbia, pela aquisição do atacante Yimmi Chará (cerca de R$ 32 milhões, incluindo encargos). O colombiano, comprado em junho de 2018 por 6 milhões de dólares, foi negociado pela mesma quantia em janeiro de 2020 para o Portland Timbers, dos Estados Unidos.
No dia 10 de maio deste ano, o Galo já havia quitado R$ 7,92 milhões na Fifa referente ao percentual a que o Júnior Barranquilla tinha direito sobre a venda de Chará ao Portland Timbers, dos Estados Unidos.
Em março deste ano, o Atlético havia divulgado que desde que iniciou o processo de reestruturação do clube, em 2019, tinham sido pagos R$ 75,3 milhões em processos na Fifa referentes aos débitos envolvendo a contratação de jogadores.
No início de maio, o clube quitou mais duas dívidas na Fifa: quase R$ 12 milhões pela contratação do lateral-esquerdo Guilherme Arana junto ao Sevilla, da Espanha, e mais R$ 5,8 milhões para o Rentistas, do Uruguai, pela aquisição do meia-atacante David Terans.
Já no fim de maio, além de Chará, mais uma pendência encerrada: R$ 946 mil referente à última parcela do acordo de R$ 3,4 milhões feito com o Osmanlispor, relativo à quebra de contrato do lateral-direito Patric com o clube turco.
No mesmo período, o Galo ainda pagou a primeira de três parcelas de R$ 2,5 milhões do percentual devido ao Desportivo Brasil-SP pela venda do zagueiro Bremer ao Torino, da Itália, em 2018. O caso era discutido na Câmara Nacional de Resolução de Disputas (CNRD), após o clube paulista acionar o Atlético cobrando 30% do valor total da negociação.
Além dos casos já citados, os outros pagamentos são referentes às dívidas contraídas por gestões anteriores nas contratações do lateral-esquerdo Douglas Santos e do atacante Maicosuel (junto à Udinese-ITA), do volante Rafael Carioca (Spartak Moscou-RUS), do meia Otero (Huachipato-CHI) e do atacante Lucas Pratto (Vélez Sarsfield-ARG).
Dívidas pagas pelo Atlético na Fifa nos últimos três anos:
2021 - R$ 75,6 milhões
2020 - R$ 35,4 milhões
2019 - R$ 22,5 milhões
TOTAL: R$ 133,5 milhões (aproximadamente)