Por Itasat
A CPI da Pandemia do Senado vai iniciar a semana aprofundando o inquérito sobre as supostas irregularidades na contratação de 20 milhões de doses da vacina indiana contra covid-19 Covaxin.
Nesta terça-feira (13), o colegiado vai se reunir as 9h para ouvir o depoimento da diretora técnica da Precisa Medicamentos, Emanuela Medrades. A empresa representa o laboratório indiano Bharat Biontech no país e negociou fornecimento das doses com o Ministério da Saúde. Emanuela Medadres teve a quebra de sigilo telefônico e telemático.
Na quarta-feira (14), o colegiado vai ouvir depoimento do referendo Amilton Gomes de Paula que teria recebido em março deste ano autorização do Ministério da Saúde para negociar a compra de 400 milhões de doses da vacina AstraZeneca em nome do governo brasileiro. Ele teria enviado proposta de venda de vacina ao Ministério da Saúde em nome de uma entidade não-governamental chamada Secretaria Nacional de Assistência Humanitária.
Na quinta-feira (15), a CPI vai ouvir o ex-diretor substituto de Logística do Ministério da Saúde, o coronel Marcelo Blanco, que teria participado do jantar em 25 de fevereiro, em Brasília, no qual o ex-diretor de Logística do Ministério da Saúde Roberto Ferreira Dias teria pedido um dólar de propina por cada uma das 400 milhões de doses da vacina da AstraZeneca. A denúncia foi feita pelo cabo da Polícia Militar de Minas Gerais Luiz Paulo Dominguetti que teria atuado como representante da Davati no Brasil, oferecendo os imunizantes ao governo.
A CPI da Pandemia também pretende convocar o ex-diretor da Anvisa José Ricardo Santa que, segundo Dominguetti, também participou do jantar e das negociações.
Na sexta-feira (16), a CPI vai ouvir o depoimento do representante da Davati, Cristiano Carvalho, que teria nomeado Dominguetti como representante da empresa no Brasil e auxiliado nas negociações com o governo brasileiro.
A CPI também deve votar esta semana novos requerimentos de convocação. Na semana passada o relator da CPI da Pandemia, Renan Calheiros, defendeu a convocação do ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República, Onyx Lorenzoni, para explicar o documento apresentado por ele para desmentir a denúncia dos irmãos Miranda sobre irregularidades na contratação de 20 milhões de doses da Covaxin. Na avaliação de Calheiros, Lorenzoni cometeu crime de falsidade ao tentar confundir a investigação.