Por Itasat
A CPI da Covid ouve nesta terça-feira, em sessão marcada para às 9h, Emanuela Medrades, diretora técnica da Precisa Medicamentos, empresa que teria feito intermediação nas negociações para compra da vacina Covaxin. O depoimento ocorre um dia após o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luiz Fux, negar o pedido para que a diretora não fosse obrigada a comparecer à comissão. Fux reconheceu o direito da diretora de não produzir provas contra si, mas destacou que ela tem que falar sobre terceiros.
A Precisa Medicamentos está no centro da polêmica envolvendo a compra da Covaxin, vacina mais cara negociada pelo governo Bolsonaro e a única com uso de uma empresa intermediária.
A convocação de Emanuela Medrades foi requerida pelos senadores Otto Alencar (PSD-BA) e Alessandro Vieira (Cidadania-SE) e aprovada pela CPI em 30 de junho, quando também foi aprovada a transferência de sigilo telefônico e telemático da convocada.
A Precisa atuou como intermediária entre o laboratório indiano Bharat Biotech e o Ministério da Saúde na venda de doses da Covaxin - e teria pedido inclusive um adiantamento dos pagamentos, o que não é usual. O nome de Medrades aparece em vários momentos nas trocas de e-mails entre a empresa e o Ministério da Saúde.
“Para que seja possível esclarecer os detalhes de potencial beneficiamento da Bharat Biotech, representada no Brasil pela Precisa Medicamentos, na negociação de compra de vacinas pelo Ministério da Saúde, faz-se necessária a oitiva da Sra. Emanuela Medrades, diretora técnica de referida importadora”, afirma Alessandro em seu requerimento.