Por Itasat
Mesmo às vésperas de um confronto decisivo contra o Boca Juniors, pelas oitavas de final da Copa Libertadores, o técnico Cuca escalou o Atlético com a maioria dos titulares e venceu o Corinthians por 2 a 1, de virada, em São Paulo, pelo Campeonato Brasileiro. O treinador explicou o motivo para poupar poucos jogadores.
"Eu avalio os jogadores com a fisiologia e nosso departamento físico, além do próprio jogador. Se ele está saudável e com predisposição para o jogo, não há necessidade de tirá-lo porque ele vai se cansar", afirmou.
Cuca também destacou que o Atlético segue priorizando o Brasileirão e não vai abrir mão de disputá-lo pelo tempo que o clube não conquista a competição. "É um campeonato importantíssimo, não ganhamos há 50 anos. Temos que entrar com força máxima”, ressaltou antes de lembrar quais peças ficaram de fora do duelo na Neo Química Arena.
“Poupei alguns jogadores, como Savarino, Tchê Tchê, Nacho, perdemos o Vargas (com covid-19), já não tínhamos o Keno, o Réver, nosso capitão... Mas os demais tinham condição de jogo e por isso viemos com a força máxima, dentro do possível. E fomos muito felizes nas escolhas, por isso vencemos. Não podemos abrir mão de qualquer jogo, é muito difícil o campeonato", frisou.
Com a quinta vitória seguida no Brasileirão, o Atlético subiu para a segunda posição, com 25 pontos, mesma pontuação do líder Palmeiras, que entrará em campo neste domingo contra o Atlético-GO, em Goiânia.
Sem descanso para Hulk
O atacante Hulk foi decisivo para a vitória do Atlético. O camisa 7 jogou os 90 minutos e marcou os dois gols do triunfo. Cuca explicou porque não poupou seu principal jogador na temporada (artilheiro e líder em assistências do time).
“Eu já aprendi algumas coisas a respeito do Hulk. Existem jogadores que, quando você preserva, eles rendem mais. Mas não é o caso do Hulk. Parece que ele jogando domingo e quarta entra mais em ritmo de jogo, porque não precisa de descanso. O descanso dele é suficiente por dois ou três dias, que é o que a semana dá. E o Alonso é outro jogador assim. Eles não machucam, é difícil se lesionarem, os dois têm uma consistência física muito grande. Então, temos que seguir com eles jogando. Aí vamos sentindo o jogador, se está desgastado ou não e o jogador vai nos dirigindo. Por isso, temos utilizado o Hulk em quase todos os jogos”, justificou.
Agora, mais do que nunca, o Atlético precisará contar com os gols e as assistências de Hulk no jogo decisivo contra o Boca Juniors, terça-feira (20), às 19h15, no Mineirão, pelo duelo de volta das oitavas de final da Copa Libertadores. Para se classificar, o Galo precisa vencer por qualquer placar. Empate com gols dá a vaga aos argentinos, que também avançam com vitória simples. Nova igualdade por 0 a 0 leva a decisão para os pênaltis.