Por Itasat
Os Jogos Olímpicos são repletos de momentos históricos. No último domingo (25), as atletas alemãs da ginástica artística protagonizaram mais um: todas competiram com uniformes longos, que cobriam as pernas até os tornozelos, em vez dos tradicionais collants cavados na virilha, que deixam boa parte do corpo exposto.
A mudança do traje foi um posicionamento contra sexualização do esporte, algo que elas já tinham feito também durante o Campeonato Europeu, em abril. A ginasta Sarah Voss é quem lidera o movimento.
O uniforme que cobre o corpo inteiro, escolhido pelas alemãs, é permitido na ginástica e está previsto no regulamento internacional da modalidade. Porém, havia sido usado somente por atletas que não vestem o collant cavado por questões religiosas.
Dessa vez, a troca do uniforme foi um posicionamento político, realizado durante o maior evento esportivo do mundo. A ação repercutiu e ganhou o apoio de outras atletas, inclusive das ginastas brasileiras Rebeca Andrade e Flávia Saraiva.
A discussão sobre a sexualização do esporte abrange, ainda, outras modalidades e vem sendo abordada por diferentes atletas. Recentemente, no Campeonato Europeu de Handebol de Areia, a seleção norueguesa decidiu usar short em vez de biquíni. A decisão, no entanto, não foi bem vista e a seleção acabou multada.