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Boxe

Abner Teixeira vence britânico e fica a uma vitória de medalha no boxe na Olimpíada de Tóquio

Se vencer próxima luta, brasileiro já vai garantir ao menos a medalha de bronze

27/07/2021 10h42
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Por Itasat

Em duelo muito equilibrado, Abner Teixeira venceu o britânico Cheavon Clarke na manhã desta terça-feira (27) e passou para as quartas de final na categoria peso pesado (até 91kg) do boxe nos Jogos Olímpicos. O brasileiro venceu por 4 a 1 em decisão dos jurados: 29 a 28 (três vezes), 30 a 27 e 27 a 30.

Abner volta ao ringue na sexta-feira (30), às 7h39, para enfrentar Hussein Eishaish Hussein IashAish, da Jordânia. Se vencer, o medalha de bronze nos Jogos Pan-americanos de Lima-2019 vai garantir pelo menos um lugar no pódio, pois no boxe não existe a disputa do terceiro lugar. O lutador que perde na semifinal automaticamente fica com o bronze.

Canhoto, mais alto que o adversário e com bom jogo de pernas, Abner adotou uma postura de contra-ataque, enquanto o britânico apostou no duelo de curta distância, com golpes na linha de cintura. Mais efetivo, Clarke venceu o primeiro round para três jurados.

No segundo, Abner conseguiu manter o rival mais afastado e, com ganchos, atingiu a cabeça e o corpo do rival. O britânico não teve tanta ação ofensiva e, com isso, foi o brasileiro quem se apresentou melhor nos três minutos.

O assalto decisivo foi ainda mais equilibrado, mas Abner teve melhor preparo físico, movimentou-se bem pelas laterais, evitou ser atingido e aplicou pelo menos dois bons golpes, o que fez com que três jurados o apontassem como vencedor do round.

"Para lutar uma Olimpíada você tem que estar na melhor condição possível. Esses caras estão na melhor forma da vida deles, e cada luta é como se fosse pela medalha de ouro. Você não pode achar que é fácil", disse Abner após o duelo.

"Quando cheguei em Tóquio não caiu a ficha. Mas quando cheguei e vi a Vila, a estrutura do COB e tudo mais, eu vi que era real, é a conquista de um sonho. Ver os brasileiros ganhando medalha, ver o campeão olímpico, serve como inspiração para entrar com tudo para cima dos caras", afirmou o peso pesado, que é oriundo de projetos sociais. Em Sorocaba (SP), o então adolescente precisava caminhar seis quilômetros diariamente para chegar à academia em que treinava.

"Em 2012, eu vi a olimpíada pela televisão e parecia ser algo inalcançável. Em 2016, fui sparring do Juan Nogueira, no Rio, e hoje estou aqui. Quero aproveitar e agradecer a todos que me ajudaram e torceram por mim", concluiu, bastante emocionado.