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Levantamento feito

Mais da metade da bancada mineira no Congresso é contra o Fundo Eleitoral de R$ 5,7 bilhões

Dos 30 deputados que se disseram contrários ,13 votaram a favor da LDO

02/08/2021 08h47

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Por Itasat

Com o fim do recesso eleitoral, o presidente do Congresso Nacional, Rodrigo Pacheco (DEM), deve encaminhar ainda nesta segunda-feira ao presidente Jair Bolsonaro o texto da LDO, Lei de Diretrizes Orçamentárias, aprovada pelos parlamentares. A expectativa maior de sanção ou veto se concentra em um trecho específico do projeto, o que prevê o Fundo Eleitoral de R$ 5,7 bilhões para 2022.

A quantia, custeada com dinheiro público, representa três vezes o valor de cerca de R$ 2 bilhões previsto para as eleições de 2018. Depois de sinalizar que vetaria o Fundão, inclusive em entrevista à Itatiaia, Bolsonaro recuou e diz agora que pretende cortar apenas o que considera um “excesso”. Já com o corte, o Fundo Eleitoral custaria R$ 4 bilhões. O tema tem gerado bastante desgaste para o presidente, questionado por apoiadores e eleitores. Mas o desgaste não é apenas para Bolsonaro. Parlamentares que votaram o texto também passaram a ser questionados por eleitores, inclusive por meio das redes sociais.

Um dos argumentos mais utilizados pelos políticos para se defenderem das críticas, é que o Fundão estava dentro da LDO, que precisava ser aprovada. Logo, mesmo não concordando com o valor, tiveram que consentir com a destinação de quase R$ 6 bilhões para uso dos partidos nas eleições do ano que vem. Todos os parlamentares podem ter a oportunidade de reavaliar a proposta, caso Bolsonaro vete o trecho. O veto presidencial pode ser mantido ou derrubado em plenário, mas seria em votação nominal, o que expõe mais os políticos.

De olho nesses desdobramentos que ainda estão por vir com relação a esse assunto, a Itatiaia resolveu saber o posicionamento dos deputados federais da bancada mineira com relação ao Fundão Eleitoral. A reportagem da Itatiaia contato com todos os 53 parlamentares que foram questionados se são favoráveis ou contrários ao Fundão, no atual formato aprovado, no valor de quase 5 bilhões e 700 milhões de reais. Dos 53 deputados, 32, o que representa 60%, responderam ao questionamento.

Desses, 30 se posicionaram contra o Fundão nesse modelo, o que representa a maioria esmagadora. São os deputados:

Alê Silva (PSL)

André Janones (AVANTE)

Áurea Carolina (PSOL)

Cabo Junio Amaral (PSL)

Charlles Evangelista (PSL)

Delegado Marcelo Freitas (PSL)

Domingos Sávio (PSDB)

Dr. Frederico (PATRIOTA)

Eduardo Barbosa (PSDB)

Emidinho Madeira (PSB)

Eros Biondini (PROS)

Franco Cartafina (PP)

Hercílio Coelho Diniz (MDB)

Júlio Delgado (PSB)

Léo Motta (PSL)

Leonardo Monteiro (PT)

Lincoln Portela (PL)

Lucas Gonzalez (NOVO)

Marcelo Álvaro Antônio (PSL)

Mário Heringer (PDT)

Padre João (PT)

Patrus Ananias (PT)

Paulo Guedes (PT)

Reginaldo Lopes (PT)

Rogério Correia (PT)

Stefano Aguiar (PSD)

Subtenente Gonzaga (PDT)

Tiago Mitraud (NOVO)

Vilson da Fetaemg (PSB)

Weliton Prado (PROS)

O único deputado que se posicionou a favor do Fundão nesse modelo aprovado de R$ 5,7 bilhões foi Mauro Lopes (MDB), que ressaltou que o recurso público evita fraude e que o valor, mesmo ampliado, não garante as campanhas.

O deputado Aelton Freitas (PL) ainda não definiu seu posicionamento e disse que vai acompanhar a orientação do partido. Na votação da LDO, ele foi favorável.

Entre os 30 deputados que se disseram contrários ao Fundão nesse modelo de quase R$ 6 bilhões, 13 votaram a favor desse texto, que consta da LDO. Ou seja, junto com a LDO, aprovaram o Fundão nesse modelo, para o qual disseram ser contrários. São os parlamentares: