Por Itasat
Levar a melhor sobre o River Plate, num duelo de mata-mata da Copa Libertadores, é praticamente garantia de conquista do título para os brasileiros até agora. O Atlético briga para manter essa tradição a partir desta quarta-feira (11), quando inicia com os millonarios, às 21h30, no Estádio Monumental de Núñez, em Buenos Aires, a disputa por uma vaga nas semifinais da principal competição sul-americana de clubes.
O duelo diante do Galo será um tira-teima para os argentinos diante de brasileiros neste tipo de disputa no torneio. Até agora, em 12 confrontos com clubes do Brasil, com pelo menos dois jogos, foram seis derrotas e o mesmo número de sucessos.
Nas seis derrotas do River Plate para brasileiros, em mata-matas de Libertadores, em cinco o clube que levou a melhor foi campeão.
E essa história começa no Mineirão, onde no dia 18 o time millonario decidirá com o Galo quem avança às semifinais. Em 21 de julho de 1976, o clube de Núñez foi goleado por 4 a 1 pelo Cruzeiro na primeira partida da decisão da edição daquele ano, vencida pelos celestes.
Foram 22 anos sem um mata-mata de Libertadores contra times do Brasil. E quando os confrontos voltaram a acontecer, a equipe argentina virou uma espécie de “freguês”, pois perdeu as semifinais de 1998 e 1999, para Vasco e Palmeiras, respectivamente, e as oitavas de 2002, para o Grêmio, acumulando um 4 a 0 contra.
Vascaínos e palmeirenses foram campeões da América. Em 2002, o Grêmio caiu nas semifinais, diante do Olimpia, do Paraguai.
A primeira vitória do River Plate num mata-mata contra clube do Brasil, na Libertadores, só foi acontecer nas oitavas de final de 2003, diante do Corinthians, mas nas semifinais de 2005, voltou cair diante de um brasileiro, o São Paulo, que levantou a taça naquele ano sendo o primeiro brasileiro tricampeão do torneio.
Sequência
Em 2006, o clube millonario passou novamente pelo Corinthians, nas oitavas, e nas quartas de 2015, diante do Cruzeiro, iniciou a sequência positiva sob o comando de Marcelo Gallardo, chegando a cinco vitórias seguidas em confrontos.
No período desta série ergueu duas taças, em 2015 e depois em 2018, quando passou pelo Grêmio nas semifinais para depois comemorar o título em cima do rival Boca Juniors numa final polêmica, que após incidentes em La Bombonera só foi terminar no Santiago Bernabéu, em Madrid.
Na última edição, o River Plate encarou o Palmeiras, nas semifinais, e caiu diante do time paulista, que ganhou a taça diante do Santos, no Maracanã, em 1º de fevereiro deste ano.
Jogo único
Os millonarios tiveram ainda outro fracasso marcante e recente diante de brasileiros na Libertadores, mas não em duelo de mata-mata, pois a final de 2019, contra o Flamengo, foi em jogo único, no Estádio Monumental, em Lima, no Peru. Com dois gols de Gabriel já na reta final da partida, o rubro-negro carioca levantou a taça fazendo 2 a 1, de virada.
A tarefa não é fácil, pois nesta Era Marcelo Gallardo o River Plate tem se dado melhor sobre os brasileiros nos mata-matas com um placar de 4 a 1. Por outro lado, a história mostra que passar pelos millonarios na Libertadores tem sido quase garantia de título para o Brasil. E o Atlético batalha para aumentar a lista de quem ergueu a taça após brilhar em Núñez.
A ficha do jogo
RIVER PLATE
Armani; Casco, Paulo Díaz, David Martínez e Angileri; Zuculini, Enzo Pérez, De La Cruz e Carrascal; Matías Suárez (Julián Alvarez) e Braian Romero. Técnico: Marcelo Gallardo.
ATLÉTICO
Everson; Nathan Silva, Réver e Junior Alonso; Mariano, Allan, Jair (Tchê Tchê), Nacho Fernández e Guilherme Arana; Savarino e Hulk. Técnico: Cuca.
DATA: 11 de agosto de 2011
HORÁRIO: 21h30
ESTÁDIO: Monumental de Núñez
CIDADE: Buenos Aires
MOTIVO: Jogo de ida pelas quartas de final da Copa Libertadores
ARBITRAGEM: Jesus Valenzuela, auxiliado por Tulio Moreno e Lubin Torrealba, todos da Venezuela
VAR: Jhon Ospina (Colômbia)